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Economia

Dólar e demanda derrubam grãos

Valorização da moeda e retração das exportações dos EUA pressionam cotações.

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Movimentos financeiros que resultaram na valorização do dólar no mercado internacional foram apontados por traders da bolsa de Chicago como o principal fator para a queda dos grãos naquele mercado na quinta-feira. No lado dos fundamentos, colaborou para as quedas verificadas a retração da demanda internacional por milho americano depois da recente alta dos preços.

Mesmo puxada pela erosão de soja e milho, foi o trigo que registrou a maior baixa. Os contratos com vencimento em março – que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez – encerraram a sessão em Chicago negociado a US$ 7,0575 por bushel, baixa de 14 centavos de dólar (1,95%) em relação à véspera. Em 2010, porém, a alta acumulada da segunda posição ainda alcança 27,16%, conforme cálculos do Valor Data.

A segunda posição do milho (março) caiu 9,75 centavos de dólar (1,67%), para US$ 5,7575 por bushel, enquanto a da soja (janeiro) recuou 10,75 centavos (0,88%), para US$ 12,13 por bushel. Mas o milho acumula ganho de 35,71% em 2010, enquanto o salto da soja no período chega a 15,69%, sempre de acordo com o Valor Data.

Segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os registros de exportação de milho produzido no país nesta safra 2010/11, que está sendo colhida, caíram 77% nesta semana em relação à semana imediatamente anterior e foram 72% inferiores à média das últimas quatro semanas. Para analistas, é um claro sinal de que as cotações subiram demais e que os compradores estão sensíveis

Ainda que não tenha influenciado diretamente na direção das cotações, a nova previsão da Bolsa de Cereais de Buenos Aires para a atual safra argentina de trigo também chamou a atenção dos traders desse mercado: serão 12,1 milhões de toneladas.