Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mercado Interno

Comercialização de suínos está aquecida

O mercado interno este semestre tem se mostrado bastante aquecido, com grande demanda na comercialização. Estados produtores registram alta de preços.

O mercado interno este semestre tem se mostrado bastante aquecido, com grande demanda na comercialização. Nos grandes Estados produtores de carne suína os preços de venda tem elevado, trazendo mais tranqüilidade ao produtor, que ainda se recupera do período de crise mundial no ano passo que trouxe com prejuízos históricos para a suinocultura brasileira e internacional.

O favorável cenário atual da comercialização domestica de carne suína tem absorvido a produção excedente para exportação, que neste momento apresenta queda de volume – o Brasil exportou 43.771 toneladas, em relação a 48.108 t em julho de 2009, uma queda de 9,01%.  Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto, não há uma pressão para exportar mais neste momento. “O mercado interno do Brasil, felizmente aquecido, absorve nossa produção, inexistindo estoques de carne suína acima do usual”.

A grande procura pela carne suína resultou no aumento da cotação de venda por quilo de suíno em Minas Gerais. Na primeira semana de agosto a Bolsa de Suínos de Belo Horizonte registrou aumento de R$ 0,10 e, esta semana, os produtores comercializaram o quilo do suíno vivo a R$ 3,00. Segundo a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), poucos produtores tem atendido a demanda com animais no peso de 100kg, a maioria tem comercializado suínos abaixo do peso por conta da alta demanda e do escasso numero de animais vindos de outros estados. A tendência para os próximos dias é de alteração nos preços se o mercado e o consumo de mantiverem.

Em São Paulo, o mercado apresenta o mesmo cenário da semana anterior, volumes estáveis, mas em valores maiores. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), a Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo comercializou 11.960 suínos com preços variando entre R$ 53,00 a R$ 55,00 @, o equivalente a R$ 2,83 a R$ 2,93 o quilo do suíno vivo respectivamente.

No Rio Grande do Sul, o valor máximo atingido na venda do quilo do suíno vivo foi de R$ 2,30, mantendo a estabilidade do mês anterior, segundo informações da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS). Já no Paraná o momento é de aumento da demanda de suínos, com a oferta bastante ajustada, segundo a Associação Paranaense de Suinocultores (APS).  O quilo do suíno vivo está sendo comercializado em até R$ 2,65, preço de comércio da cidade de Guarapuava, no centro do Estado.

Declarações

“Nossa expectativa ainda é de aumento para as próximas semanas, mas por enquanto, a oferta e procura estão bastante estabilizados. Esperamos que a margem entre os preços de comercialização entre as cidades diminua, nivelando as vendas no Estado.

Carlos Geesdorf, presidente da APS

“O mercado em Minas está bastante favorável, com o aumento no valor de comercialização do quilo do suíno no Estado. Nossa perspectiva para cotação essa semana é de R$ 3,20, valor R$ 0,20 a mais que na semana anterior. A elevação dos preços e a reação dos mercados nos estados do Sul e em São Paulo tem refletido diretamente no preço pago ao produtor mineiro”
José Arnaldo Penna, vice-presidente da Asemg

“O mercado está bastante aquecido no Estado, com regiões vendendo a preços muito semelhantes, mostrando um equilíbrio da comercialização. Nossa expectativa é de aumento para essa semana, com possibilidade alterações nos mercados do sul e Minas Gerais”
Valdomiro Ferreira, presidente da APCS

Cotações Máx
SP R$ 2,93
PR R$ 2,65
SC R$ 2,35
GO R$ 3,00
RS R$ 2,30