O suinocultor gaúcho está começando a tirar as contas do vermelho após os primeiros seis meses do ano terem registrado alta superior a 7% na comercialização dos animais à indústria. De acordo com dados da Emater, o preço do quilo vivo do suíno subiu de R$ 1,96 para R$ 2,11 de janeiro a julho. O presidente da Acsurs, Valdecir Folador, afirma que o valor pago pelo suíno, hoje, ao produtor independente está entre 2,18 kg/vv e R$ 2,25 kg/vv, o que significa aumento de R$ 0,13 a R$ 0,15 em relação aos três primeiros meses do ano. “Apesar desta margem ser muito apertada e não nos dar condições de cobrir o prejuízo que tivemos por 14 meses, já nos serve de consolo”, salienta.
O diretor-executivo do Sips, Rogério Kerber, explica que a remuneração melhorou devido ao aumento da demanda no mercado interno. “Esta é uma época em que aquece a venda de algumas linhas de defumados e salgados”, justifica. Ele ainda afirma que o custo de produção caiu, embora prefira não revelar o quanto. A queda do dólar, que beneficiou a compra do milho e do farelo de soja, aliada à manutenção do mercado, segundo o executivo, garantiram a rentabilidade do setor. Ele destaca que as oscilações no preço do milho nos últimos meses não chegaram a ter grande impacto, pois as compras de insumos para os cooperados são feitas em grandes quantidades e não diariamente.