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Monsanto investe em centro de pesquisa com transgênicos na China

Segundo a empresa, o país tem uma tremenda variedade de cientistas.

Redação (18/02/2009)-  A norte-americana Monsanto, maior produtora mundial de sementes transgênicas, está implantando um centro de pesquisas na China, país que se esforça para atender o crescimento da demanda por alimentos e lidar com redução na área plantada. "A China tem uma tremenda variedade de cientistas", afirmou o presidente executivo da empresa, Gerald Steiner, acrescentando que a Monsanto irá consultar o governo para procurar a melhor maneira de proceder.

A China, um dos maiores consumidores de importantes commodities agrícolas, está cautelosamente adotando tecnologias de produtos transgênicos que são consumidos como alimentos, como arroz, em meio a um debate que se arrasta há anos em torno da segurança desses produtos. No entanto, o país está cultivando amplamente algodão transgênico em função da vasta demanda por parte das indústrias têxteis e de vestuário e à grande dependência das importações.

A China também é o maior comprador de soja dos Estados Unidos, Brasil e Argentina, onde a produção consiste principalmente de transgênicos, para processamento em ração animal. As importações correspondem a mais de 70% do consumo anual de soja. "O governo chinês anunciou vários investimentos significativos em pesquisa biotecnológica nas universidades e institutos do país, então esses locais não são contra lavouras transgênicas", disse Steiner.

Segundo ele, a Monsanto focará em países como EUA, Vietnã, Índia, Indonésia, Canadá, Brasil, México e Argentina para comercializar seus produtos ou procurar oportunidades de fusão e aquisição.

Produtividade

De acordo com o representante da Monsanto, os preços globais relativamente elevados dos alimentos são um alerta de que se os países quiserem aumentar sua produção agrícola, "precisarão de investimentos consistentes de longo prazo na produtividade das lavouras".

Em junho do ano passado, a Monsanto lançou uma iniciativa para dobrar a produtividade de milho, soja e algodão até 2030, ao mesmo tempo em que reduz a necessidade de água e fertilizantes. Segundo Steiner, a biotecnologia será uma das maiores contribuições para isso.

"O aumento da produtividade exigirá muitos investimentos de nossa parte, então é importante que possamos firmar os relacionamentos adequados com os governos, do contrário, eles não são uma boa aposta financeira", disse ele. As informações são da Dow Jones.