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Sem chuva, colheita de soja e milho avança em SP

A umidade do solo apresentou leve queda, mas a média permaneceu em torno de 95% da capacidade máxima de armazenamento.

Redação (25/02/2009)- O tempo mudou no Estado após 40 dias de céu nublado, temperatura amena e grandes volumes de chuva. Entre segunda e terça-feira choveu em parte das localidades, mas na quarta-feira o sol brilhou em São Paulo, elevando a temperatura até 35 graus em Presidente Prudente, Votuporanga e Ilha Solteira.

A umidade do solo apresentou leve queda, mas a média permaneceu em torno de 95% da capacidade máxima de armazenamento, assegurando o suprimento hídrico às lavouras de milho e soja em fase final de enchimento de grãos.

Nas áreas de milho que já atingiram o ponto de maturação, como no sul do Estado, onde estão Itapeva e Itapetininga, a queda da umidade permitiu que os produtores intensificassem a colheita, aproveitando os bons preços do início da safra. Mas o rendimento elevado e a necessidade de comercializar a safra rapidamente para recompor o caixa podem baixar os preços.

A colheita da soja precoce também foi favorecida pela baixa umidade e pelo calor. Além de melhorar a qualidade do produto, a colheita antecipada permite iniciar a semeadura da safrinha dentro do período indicado pelo Zoneamento Agrícola, até o início de março.

PASTO E CANA

A associação de sol, alta temperatura e boa disponibilidade hídrica no solo beneficiou pastagens e canaviais de todo o Estado, já que as gramíneas, nessas condições, apresentam altas taxas de crescimento.

O tempo seco favoreceu o controle fitossanitário e o transporte nas estradas na região de Mogi das Cruzes e Suzano, locais muito afetados pelas chuvas desde o começo de janeiro.

Nos seringais da região noroeste o tempo favoreceu a extração do látex, mas a forte redução nos preços da borracha preocupa os produtores. A situação é parecida em Matão, Araraquara e Limeira, onde a safra de laranja se aproxima do fim com preços em queda e frutas de baixa qualidade, resultado da baixa demanda das indústrias de suco e do longo período de chuvas.

Nos cafezais de Franca, Garça e São José do Rio Pardo e nas parreiras de Jundiaí, Indaiatuba e São Miguel Arcanjo produtores aproveitaram a melhora do tempo para realizar os tratamentos fitossanitários, evitando ataque de fungos e queda na produtividade.