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Governo atualiza projeções e mantém otimismo no agronegócio

O aumento da demanda interna e a carência de áreas agricultáveis em outros países vão impulsionar o setor.

Redação (06/03/2009)- O agronegócio brasileiro tem grande potencial de crescimento para os próximos dez anos, puxado pelo complexo soja, milho, trigo, etanol, leite e carnes. Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, o aumento da demanda interna e a carência de áreas agricultáveis em outros países vão impulsionar o setor.

          Gasques afirma que os baixos estoques mundiais de alimentos, a crescente urbanização e o aumento da classe média mundial, criam condições favoráveis para que  países como o Brasil ocupem espaço. Os dados constam da atualização das projeções para o agronegócio até 2018/2019 elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa.

          De acordo com o estudo, a produção de soja, milho, trigo, arroz e feijão deverá  crescer 40 milhões de toneladas em 2019, em relação ao período 2007/2008, que foi de 140 milhões de toneladas. A produção das carnes (bovina, suína e de aves) terá acréscimo de 51% em relação a 2008, ou 12,6 milhões de toneladas. “Outros produtos com expectativa de crescimento em comparação a 2008 são o açúcar, com incremento de 15,4 milhões de toneladas, o etanol, com mais 37 bilhões de litros, e o leite, com acréscimo de 9 bilhões de litros”, informa Gasques.

          A pesquisa indica também crescimento de produtividade maior do que a expansão da área agrícola. “No total das lavouras analisadas, o Brasil deverá ter aumento de 15,5 milhões de hectares na área cultivada”, calcula. A soja cresce cerca de 5,2 milhões de hectares em relação a 2007/2008, o milho, 1,8 milhão de hectares, e a cana, perto de 6 milhões. O café deve sofrer redução de área.

          Em dez anos, as exportações brasileiras de carne bovina representarão 61% do mercado mundial. A carne de aves abastecerá 90% do comércio mundial e a suína, 21%. “Os resultados indicam que o País manterá a liderança no mercado internacional de carnes”, avalia o coordenador.