O “comitê de busca” criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para selecionar o novo presidente da estatal deve encaminhar hoje ao Conselho de Administração quatro nomes de candidatos ao cargo.
A disputa deve ficar entre o atual diretor-executivo José Geraldo Eugênio de França; o chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Pedro Arraes Pereira; o ex-diretor-executivo Dante Scolari e o consultor Hélio Tollini.
As indicações do comitê da Embrapa serão levadas, em lista tríplice, ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para uma avaliação preliminar. Mas a decisão final caberá ao presidente Lula, que fará a nomeação do escolhido para um mandato de três anos.
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Favorito na disputa, o agrônomo gaúcho Scolari tem forte apoio de uma frente suprapartidária no Congresso. Atual assessor da Comissão de Agricultura da Câmara, tem larga experiência no setor e bom relacionamento com a cúpula da estatal e o sindicato dos funcionários. O geneticista carioca Pedro Arraes também conta com apoio de parte de chefes-gerais da Embrapa. Em seu favor, está a experiência como diretor do Labex Estados Unidos, unidade virtual da estatal mantida nos arredores de Washington. Ele foi gestor do “Plano Avança Brasil”, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Com menos apoio interno na empresa, figura o geneticista pernambucano Geraldo Eugênio. Mas o atual diretor-executivo conta com um lobby do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, aliado político do presidente Lula. Dirigentes do sindicato da empresa têm restrições à atuação do ex-presidente da empresa pernambucana de pesquisa e ex-secretário de Agricultura, considerada “radical” em algumas ocasiões.
O consultor Hélio Tollini tem a simpatia de parte da “velha guarda” da Embrapa. Agrônomo de renome, foi mentor do processo vitorioso contra os subsídios do governo dos EUA aos seus produtores de algodão durante sua gestão na Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
