Produtores de aves e suínos que não testarem a nova safra de milho antes de alimentar seus animais correm riscos, disseram os especialistas da Universidade de Purdue. Devido às condições da colheita, grande quantidade de milho úmido está presente na safra colhida no centro-oeste, aumentando a contaminação por vomitoxina.
O especialista em suínos Brian Richert, disse que um casal de produtores começou a alimentar seus animais com a nova safra de milho e teve 100% de recusa alimentar por causa dos níveis elevados de vomitoxina no insumo. “Os produtores tiveram que recolher todo o alimento que estava nos comedouros e encontrar uma nova fonte de alimentação para os animais”, explicou. “Os produtores podem ter problemas significativos se não testarem seu milho daqui pra frente”.
Frango menos suscetíveis – Do lado avícola, o especialista Todd Applegate, disse que não se sabe muito sobre as consequências do problema, mas explica que as aves não são tão sensíveis como os suínos, ao ingerirem toxinas produzidas por fungos giberela.
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“Do ponto de vista nutricional, o teste deve ser feito para detectar as proporções de germes nas sementes de milho para nã influenciar na perda de peso das aves”, disse o especialista. “Se isso não for contabilizado durante a formulação da dieta, pode levar a uma redução do desempenho”.
A giberela em alta concentração não causa tanto impacto na nutrição dos frangos. “No entanto parte da preocupação está na transferência dessas micotoxinas para o ovo”, ele disse.
Testando a cultura – Os especialistas disseram para os agricultores testarem seu milho antes de alimentar os animais. Quando o resultado chegar, devem ser feitas as perguntas:
– Que alimentos podem ser diluídos?
– Qual quantidade de alimento pode ser utilizada?
– Temos uma fonte de milho limpa que pode ser misturada ao milho com baixo nível de contaminação para ter um desempenho satisfatório da produção?
– Temos outros ingredientes capazes de reduzir a quantidade de vomitoxina (DON) no milho?
Os produtores que têm animais reprodutores devem testar o milho, especificamente para zearalenona, uma toxina que é produzida pela giberela mole.
Para mascarar o gosto, os produtores podem adicionar um pouco de óleo ou melaço para diminuir a pulverulência dos alimentos.
Micotoxinas – Outra opção disponível é utilizar ligantes de micotoxinas ou enzimas. Alguns agentes podem ligar cerca de 2-4 porções por ml de vomitoxina.
Os produtores de micotoxinas recomendam ao produtor falar com a empresa de alimentos e nutricionistas para testar o desempenho destes compostos e descobrir quais deles têm eficácia para cada tipo de produção.
* Tradução Avicultura e Suinocultura Industrial
