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Agroenergia

ADM planeja nova usina de etanol no País

<p>Uma das maiores produtoras mundiais de etanol à base de milho do mundo, a ADM planeja ampliar sua produção de álcool a partir da cana-de-açúcar.</p>

A multinacional americana ADM estuda expandir a produção de etanol à base de cana no Brasil. A companhia, que inaugurou em outubro sua primeira usina no País em parceria com o Grupo Cabrera, planeja construir sua terceira unidade.

No ano passado, a múlti anunciou sua estreia no mercado brasileiro de etanol em sociedade com o ex-ministro da Agricultura, Antonio Cabrera, em duas unidades produtoras. A usina de Limeira do Oeste, instalada na cidade que leva o mesmo nome em Minas Gerais, entrou em operação em outubro. A unidade de Jataí, em Goiás, deverá iniciar os trabalhos em 2012. Outra usina deverá ser construída no mesmo Estado, apurou o Valor.

Uma das maiores produtoras mundiais de etanol à base de milho do mundo, a ADM planeja ampliar sua produção de álcool a partir da cana-de-açúcar.

As duas primeiras unidades da companhia foram projetadas para processar 3 milhões de toneladas de cana cada uma. A usina mineira deverá processar nesta temporada 2009/10 cerca de 500 mil toneladas da matéria-prima. A unidade de Jataí está ainda na fase de expansão agrícola, com plantio de cana.

O Valor apurou que a ADM estuda construir sua terceira unidade em Itarumã, em Goiás. A empresa já tinha feito uma reserva de área para cana naquela região, mas ainda trava disputa com outro grupo sucroalcooleiro pela mesma propriedade .

A entrada da ADM no mercado de etanol no Brasil ocorreu de maneira discreta. Apontada como grande consolidadora neste segmento, a empresa preferiu apostar em projetos “greenfield” (construção a partir do zero) de médio porte para entender o mercado brasileiro. Fontes ouvidas pelo Valor afirmaram que a múlti quer consolidar seus recentes investimentos, antes de dar passos maiores no setor. Procurados, a ADM e o grupo Cabrera não retornaram as ligações.

O avanço das multinacionais no mercado sucroalcooleiro tem ocorrido nos últimos quatro anos no país. Empresas como Bunge e Noble, por exemplo, conquistaram espaço no setor a partir de 2007, com a aquisição de unidades em operação em situação financeira delicada.

A expectativa é de que a crise pela qual as usinas passam reforce o movimento de concentração no setor. O grupo francês Louis Dreyfus reforçou sua posição no país com a criação da LDC-SEV, resultado da incorporação das usinas da Santelisa Vale.

O setor tem cerca de 50 usinas instaladas, sobretudo, no Centro-Sul do país à venda. Grandes grupos, como Equipav e Moema, ambos em São Paulo, estão em pleno processo de negociação de seus ativos. Estas unidades estão sendo cobiçadas por grandes multinacionais, que pretendem expandir seus negócios no País.