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Postura

Aves podem produzir ovos de melhor qualidade

<p>Pesquisa revela que a indução da muda através de redução de alimentos é viável e aumenta qualidade dos ovos.</p>

De acordo com pesquisa veiculada na Revista Brasileira de Ciência Avícola, submeter aves a jejum para a indução da muda é uma técnica viável, uma vez que os animais testados apresentaram desempenho similar ao dos demais, e obtiveram postura de ovos de qualidade superior. O trabalho foi realizado por Andréa de Britto Molino, estudante do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal do Departamento de Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp (Botucatu) e colegas, e foi disponibilizado na edição do segundo trimestre.

Os pesquisadores afirmam que, para colheita de dados, foi realizado experimento com “um total de 420 aves de 70 semanas, submetidas a diversas técnicas para indução de muda”. Eles declaram que “os seguintes tratamentos foram aplicados: T1 – fornecimento de alimento reduzido a 60g/ave/dia, e partículas grossas de calcário fornecidas ad libitum; T2 – fornecimento de alimento reduzido a 60g/ave/dia; T3 – fornecimento de alimento reduzido a 45g/ave/dia, e partículas grossas de calcário fornecidas ad libitum; T4 – fornecimento de alimento reduzido a 45g/ave/dia; T5 – fornecimento de alimento reduzido a 30g/ave/dia, e partículas grossas de calcário fornecidas ad libitum; T6 – fornecimento de alimento reduzido a 30g/ave/dia; T7 – fornecimento de alimento reduzido a 15g/ave/dia, e partículas grossas de calcário fornecidas ad libitum; T8 – fornecimento de alimento reduzido a 15g/ave/dia; T9 – jejum, e partículas grossas de calcário fornecidas ad libitum; e T10 – jejum”.

Andréa e colegas explicam no artigo que “foram avaliados os seguintes parâmetros, após a muda: porcentagem de postura, ingestão de alimentos, peso dos ovos, massa dos ovos, mortalidade e qualidade dos ovos (densidade, resistência da casca, grossura da casca, percentagens de casca, gema e albúmen, e peso da casca do ovo por área de superfície)”.

Os pesquisadores afirmam que, entre os resultados, foi constatado que “as aves submetidas aos tratamentos com baixos suprimentos de alimento apresentaram melhores performances após a muda; no entanto, o desempenho das aves alimentadas apenas com 15g de alimento / ave / dia foi estatisticamente similar ao dos animais submetidos ao jejum”, e que “galinhas submetidas à muda convencional (jejum) apresentaram a pior qualidade de ovos, exceto por porcentagem de albúmem, o que foi previsto, uma vez que a porcentagem desse elemento é inversamente proporcional a porcentagem de gema”. Para eles, “a dieta de 15g/ave/dia para indução da muda é válida, tendo em vista que as aves submetidas a esse tratamento apresentaram performances similares e melhor qualidade de ovos do que os animais submetidos ao jejum”. Além disso, “o uso de partículas grossas de calcário durante a muda não influenciou a performance pós-muda ou a qualidade dos ovos”, dizem Andréa e colegas.

Para ler o artigo na íntegra em inglês, aqui.