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Avicultura

Galinha para subsistência

<p>Sertanejos conquistam nova cultura de subsistência no Alagoas. Avicultura Familiar será instituída no Estado nordestino.</p>

Imagine daqui a seis meses os alagoanos poderem comer a mais nova galinha caipira criada por agricultores sertanejos do município de Santana do Ipanema. É com o foco no desenvolvimento da avicultura no Estado que o governador Teotonio Vilela assinou, nesta quinta-feira (22), o termo de compromisso com o Programa Avicultura Familiar Sustentável de Alagoas. Inicialmente, o projeto vai beneficiar cerca de 500 famílias da região do Médio Sertão, proporcionando a elas a comercialização de ovos e carnes em grande quantidade nas feiras livres e supermercados da região.

O programa foi criado a partir da necessidade de melhorar a qualidade de vida do pequeno agricultor rural, com o objetivo de gerar renda com a produção de alimentos de subsistência. Conhecido como a região das galinhas, Santana do Ipanema foi escolhido para ser o centro deste projeto nos próximos doze meses.

De início, cada família receberá 60 aves, sendo 30 de corte e 30 de postura. Em seguida, a ação beneficiará os agricultores dos municípios de Dois Riachos, Maravilha, Poço das Trincheiras, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira, Ouro Branco, Pão de Açúcar, Palestina, Olivença, Olho D’água das Flores e Carneiros.

Segundo o governador Teotonio Vilela, o Programa da Avicultura dará ao agricultor do Sertão a oportunidade de aprender a conviver melhor com a seca. “Essa foi uma alternativa que criamos para melhorar a condição de vida daqueles sertanejos. Acredito que este importante projeto venha contribuir para que Alagoas seja, mais uma vez, modelo para outros Estados” salientou.

Para exucutar este projeto, foi necessário criar o Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Alagoas (Ictal) que será responsável por todas as ações agroalimentares do Estado. A partir do mês de novembro, os agricultores sertanejos terão aulas de capacitação, técnicas alimentares e dicas para a comercialização dos produtos.

Em contrapartida, o governo do Estado conta com a parceira do Fundo Estadual de Combate a Erradicação da Pobreza (Fecoep), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Instituto Globoaves Brasil, da Novus Internacional, da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Secti) e outros.
 

“Nós vamos transferir nossas tecnologias implantadas em outras regiões do mundo, aqui em Alagoas. Ensinaremos as técnicas para os pesquisadores que serão selecionados pelo Estado para ajudar na produção da matéria-prima alagoana. E garantimos a boa genética das aves”, destacou o presidente da Novus, Thad Simons, que já tem reaplicações de projetos similares na Índia, China e Tailândia.

A expectativa dos parceiros é que nos próximos quatro anos, o Programa atenda 12 mil famílias que tenham galinhas colocando em média 108 milhões de ovos por ano e 1.260 toneladas de frango a cada seis meses.

Durante este período, as aves serão alimentadas com o que o ser humano descarta, a exemplo da folha da macaxeira e do bagaço da laranja. “Daremos para cada galinha os produtos típicos da região: minhoca, capim, pastagem de gado e palma. Ao mesmo tempo vamos desenvolver o estudo de ração para a alimentação das aves”, frisou o consultor e engenheiro químico, Mário Bracht.

Além deste Programa, o Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Alagoas trabalhará em projetos dos dois Pólos Agroalimentares, localizados em Arapiraca Batalha.