As boas condições climáticas nas lavouras americanas de soja dominaram as atenções do investidores na última semana, marcada por baixas expressivas das cotações do grão. O cenário tende a permanecer nos próximos dias, de acordo com os prognósticos meteorológicos, o que abre espaço, ao menos pelo lado do clima, para mais desvalorizações.
As temperaturas no Meio-Oeste americano devem permanecer abaixo da média pelo menos até a próxima segunda-feira, de acordo com o serviço meteorológico da consultoria agropecuária DTN. Por um lado, esse cenário pode reduzir um pouco o ritmo de desenvolvimento das plantas. Por outro, observa a DTN, as plantas podem ser beneficiadas por um bom período de chuvas. “Esse padrão climático favorecerá a polinização nas lavouras de milho e a floração nas de soja”, disse a consultoria, em relatório.
Na sexta-feira, os contratos para setembro recuperaram parte das perdas da semana na bolsa de Chicago com a alta de 32,50 centavos de dólar, para US$ 9,4850 por bushel. O preço do grão, de qualquer forma, puxado pelo “clima ideal” das lavouras, voltou ao patamar de meados de abril. O contrato para agosto acumulou baixa de 23 cents na semana. Na quinta-feira, o contrato para novembro, que representa a safra “nova”, também desceu a seu menor nível em três meses e meio.