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Mercado Externo

EUA contra barreiras comerciais

<p>Estados Unidos dizem que vão elevar pressão contra as barreiras comerciais para produtos americanos.</p>

O governo dos Estados Unidos afirmou que vai intensificar a pressão sobre os países que não respeitam os acordos comerciais com a maior economia global. A promessa visa abrir mercado para os produtos americanos neste período de crise na economia mundial, em que consumidores e empresas estão reduzindo suas compras.

Para isso, promete combater as barreiras sanitárias impostas aos produtos agropecuários dos Estados Unidos no mercado externo. Também afirma que vai “cuidar imediatamente” de barreiras como normas técnicas que impedem a entrada dos itens americanos. “Os americanos têm acreditado que o nosso governo não tem feito o suficiente para proteger nossos direitos comerciais. E, apesar de a grande maioria dos nossos parceiros comerciais respeitar nossos acordos, algumas vezes essas regras não são cumpridas.

É por isso que a aplicação não pode ser deixada de lado, ela deve ser o centro da política comercial”, afirmou ontem Ron Kirk, o chefe do USTr (uma espécie de Ministério do Comércio Exterior norte-americano). Segundo ele, as prioridades do governo serão a “vigilância vigorosa”, o diálogo franco e a negociação. As ações legais, como as na OMC, não receberão tanta atenção dos EUA, porque as empresas norte-americanas “não podem esperar anos por um caso internacional”.

O passo mais importante da “vigilância rigorosa”, diz Kirk, é que os países que são paraísos fiscais para a pirataria de produtos americanos, como softwares e DVDs, podem deixar de participar em programas ou acordos comerciais. O outro é ampliar o monitoramento das práticas comerciais dos seus parceiros. “Se eles sabem que estamos olhando suas ações com uma lupa, é menos provável que quebrem as regras.” No início deste ano, os EUA criaram polêmica ao exigir que as obras do pacote de estímulo de US$ 787 bilhões usassem ferro, aço e itens manufaturados produzidos no país, na cláusula conhecida como “Buy American” (compre produto norte-americano).