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Exportação

Agronegócio registra melhor balanço em junho

<p>Resultado é reflexo do aumento das exportações, puxados pelos embarques internacionais da soja. Ásia lidera importações.</p>

O mês de junho foi bastante favorável para o agronegócio nacional. De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações do mês de junho fecharam em R$ 14,3 bilhões e as importações, em R$ 1,4 bilhão, com saldo de cerca de R$ 12,9 bilhões. O resultado, melhor do ano, foi impulsionado com a retomada do crescimento das exportações em dólar e pelo aumento dos embarques internacionais dos complexos soja (48,9%) e sucroalcooleiro (21,6%) e de fumo e seus produtos (54%). Somente a soja  em grão e farelo foi responsável pelo aumento de quase 50% no valor das exportações desse complexo.

Nos últimos 12 meses, os embarques de produtos de origem vegetal cresceram 10,8%, somando US$ 52,36 bilhões. O setor de produtos de origem animal, por sua vez, apresentou queda de 5,9%.

Segundo o Mapa, a Ásia tornou-se o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. No mês de junho, foi registrado rescimento de 78,8% na compra de produtos agropecuários pelo continente. A região foi responsável por 41,5% do total exportado em junho, contra 26% do mesmo mês do último ano. Os negócios entre Brasil e os países asiáticos levaram o continente a desbancar, por exemplo, a União Europeia, que diminuiu sua participação de 31,6% em junho de 2008 para 26,4% em junho de 2009. Oriente Médio (38,7%) e África (10,6%) também tiveram variação positiva na compra de produtos do agronegócio. As demais regiões apresentaram diminuição nas compras do Brasil. A forte divergência das taxas de crescimento das exportações por destinos resultou em participações muito diferentes das registradas em 2008.

Liderança chinesa – Entre todos os países importadores do agronegócio brasileiro, a China mantém a liderança, pela compra de produtos no valor de US$ 1,9 bilhão, e no último mês, registrou notável crescimento de 102,9%. Esse valor é quase quatro vezes superior às vendas aos Países Baixos (US$ 524 milhões), que ocuparam a segunda posição no ranking; e cinco vezes mais do que as importações dos Estados Unidos (US$ 380 milhões), o terceiro colocado.
        
O Mapa também destaca o excepcional aumento de 1.206% de vendas para a Índia (US$ 124,7 milhões), considerado o maior crescimento percentual em relação ao ano passado. Outros países que se destacaram pelas taxas positivas de importação do Brasil foram Irã (80,4%), Emirados Árabes Unidos (77,5%), Coreia do Sul (66,2%), Egito (53,5%), Arábia Saudita (52,2%) e Bélgica (15,7%).