O crescimento da população brasileira previsto para 53 milhões de habitantes, em 2030, equivalente à população da Espanha, é um desafio para o setor de energia constante e barata. A declaração é do Diretor do Departamento dos Combustíveis Renováveis, do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Dornelles, que participou do Workshop intergovernamental do Açúcar e Diversificação, que acontece até quinta-feira (11), em Ribeirão Preto.
Dorneles lembrou que a energia, por ser um bem de longo prazo, precisa de planejamento e, prevendo este crescimento demográfico, o MME já estuda alternativas para obtenção de energia barata e confiável. Entre as propostas do governo estão estudos de tecnologias alternativas para a cogeração de energia. “A utilização do bagaço da cana, a chamada energia de segunda geração, é um caminho para suprir as necessidades dos próximos anos”, informou.
Quanto à expansão do comércio de biocombustível, Ricardo Dorneles explicou que o mercado interno é o maior e o mais importante destino do etanol brasileiro. “Os veículos flex fuel permitem ao consumidor brasileiro decidir qual combustível usar”, ponderou. O diretor afirmou ainda que a experiência do Brasil deve ser adaptada à realidade de cada país interessado em adotar o programa de biocombustível. O etanol é um produto de origem agrícola e energético também, enfatiza.
A matriz de energia brasileira é composta de 46% de fonte renovável, sendo 17% desta de produtos derivados da cana-de-açúcar.