Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Planta é opção para a alimentação animal

<p>O milheto tem chamado a atenção dos produtores por se adaptar bem às condições de clima e solo.</p>

Redação (24/12/2008)-  Muito utilizado no Centro-Oeste para formação de cobertura seca para o plantio direto, o cultivo de milheto no Estado tem ganhado fôlego com o desenvolvimento de novos híbridos e variedades mais produtivas. A planta surgiu entre 4 mil e 5 mil anos atrás, ao sul do Deserto do Saara, e se expandiu por toda a Ásia.

No Centro-Oeste, o milheto tem chamado a atenção dos produtores por se adaptar bem às condições de clima e solo. Em Goiás, de acordo com o professor da Universidade de Rio Verde (Fesurv), Renato Lara Assis, somente naquele município, no sudoeste goiano, na safrinha de 2008 foram plantados aproximadamente 50 mil hectares de milheto.

A resistência à seca, o crescimento rápido, o sistema radicular profundo e abundante (capaz de romper camadas compactadas do solo) e a grande produção de palhada são algumas características da planta. Renato Lara Assis, que trabalha em um projeto de desenvolvimento de novos híbridos e cultivares, conta que ela apresenta alta capacidade de supressão de plantas daninhas e de reciclagem de nutrientes, facilidade para o plantio mecanizado, baixo custo de sementes e resistência a pragas e doenças.

Segundo o professor, na região Sul do Brasil, o milheto tem sido muito utilizado para pastejo. Em 2007, em razão do alto preço do milho no mercado, o grão do milheto surgiu como opção viável para a produção de ração animal, o que fez com que a procura fosse maior que a oferta.

Além da resistência a estresse, do ponto de vista nutricional, o milheto substitui milho e sorgo com vantagens. Tanto a silagem quanto os grãos oferecem mais proteína e aminoácidos, o que pode ter reflexos importantes na produção de leite e carne, especialmente em animais confinados. Estudos comprovam que vacas alimentadas com milheto produzem leite com teor mais alto de gorduras e proteína.