Redação (19/08/2008)- A Petrobras BioCombustível mal saiu dos cueiros e já pensa em aumentar o número de seu manequim. O presidente da subsidiária, Alan Kardec, está empenhado em ampliar o raio de ação da nova empresa.
A idéia é que, além da produção, a Petrobras Biocombustível assuma gradativamente as operações de logística de etanol e biodiesel. Kardec quer jogar para dentro da companhia a administração dos futuros dutos e terminais portuários que serão construídos pela Petrobras para o transporte e o escoamento de combustíveis renováveis.
Outro alvo da empresa é a atividade de distribuição, o que lhe permitiria negociar diretamente os contratos com os grandes consumidores no mercado doméstico e, sobretudo, as tradings internacionais.
Noves fora a complexa articulação política necessária para o remanejamento das atribuições, o plano expansionista da Petrobras Biocombustível esbarra em obstáculos de ordem operacional. No caso da logística, o grau de dificuldade ainda é um pouco menor, uma vez que a estatal vai construir do zero uma estrutura de dutos e terminais para o transporte dos biocombustíveis.
Isso resolveria parcialmente a bola dividida com a Transpetro, muito embora outras instalações e embarcações da subsidiária terão de ser usadas para o transporte dos combustíveis renováveis.
No caso da distribuição, a situação é bem mais complexa. Entregar esta função à Petrobras Biocombustível significará uma fratura nas operações da BR Distribuidora, que tem instalações, expertise e extraordinários ganhos de escala na venda integrada dos produtos da Petrobras.