Da Redação 19/10/2007 – O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 0,89% em julho, estima estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No acumulado do ano, o avanço é de 2,94%. Segundo o levantamento, o PIB agrícola cresceu 0,38% no período, praticamente o mesmo índice registrado em junho, de 0,37%, tendo acumulado 2,17% até julho. De acordo com a pesquisa, mais uma vez, é o segmento básico que puxa o crescimento do agronegócio, enquanto a indústria ainda sofre com as quedas de preços de setores importantes como açúcar e álcool.
No tocante ao PIB da pecuária, a análise aponta crescimento num ritmo bem mais rápido que o da agricultura, alcançando o indicador de 2,19% somente em julho ou 4,92% no ano, refletindo principalmente a recuperação da indústria de laticínios e de abate de animais. Em síntese, para o Cepea/CNA, o ano continua favorável ao agronegócio, que apresenta crescimento próximo a 3%.
Na frente agrícola, as coisas vão bem, em média, nas atividades dentro da porteira, mas devagar na indústria e na distribuição. Para a pecuária, a situação é boa, em média, dentro e fora da porteira. O desequilíbrio agrícola resulta dos movimentos de preços agroindustriais, com forte queda do açúcar, álcool e têxteis. Mas o segmento processador de grãos aponta para um crescimento firme, em consonância com o que se passa no campo. No café, a quebra de safra elevou significativamente os preços, mas ainda insuficientes para equilibrar a renda do produtor. Dentro da porteira O relatório destaca que a agropecuária cresceu 1,41% dentro da porteira, em julho, acumulando aumento de 5,26% no ano. A agricultura cresceu 1,27%, em julho, contra os 0,56% do mês anterior, acumulando 4,89% de crescimento no ano. Entre os produtos analisados, destacam-se o algodão (grande expansão em volume e pequena queda de preço), uva (aumento de preço e forte aumento de volume), milho (forte expansão de preço e volume), soja (bom aumento de volume e preço) e cana-de-açúcar (expressivo aumento de volume e elevação de preço). Os produtos que tiveram suas estimativas reduzidas pelo fraco desempenho foram a batata, feijão e laranja, que tiveram quedas expressivas de preços.
O segmento pecuário, por sua vez, manteve crescimento acelerado, dentro da porteira, em julho, atingindo 1,59% no mês. Nos resultados acumulados, a pecuária registra crescimento de 5,75% de janeiro a julho. Tal desempenho resulta da boa performance dos segmentos de frango e leite, que contribuíram tanto com o crescimento da produção como dos preços