Redação (07/08/07) – A distorção que existe no custo rural brasileiro em relação ao dos vizinhos se deve aos preços dos defensivos e fertilizantes que são também 30% maiores. Para ilustrar a diferença que existe no custo de produção do setor rural entre os países do bloco, a Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm) vai lançar no fim deste mês um banco de dados eletrônico para que as informações se tornem públicas e usadas em debates. "Queremos o Ministério da Agricultura nessas discussões", disse Sperotto. O site será lançado durante a Expointer 2007, no Rio Grande do Sul.
As barreiras impostas às importações de insumos de insumos genéricos são os fatores que levam o Brasil a ter o maior custo de produção no Mercosul. "Eles (os concorrentes) podem usar produtos genéricos e isso para nós não é permitido", enfatizou Sperotto. Para ele, a dificuldade de comprar insumos no exterior é decorrente do monopólio das indústrias multinacionais que têm o controle de importar tanto os insumos quanto os princípios ativos para a formação do produto.
O diretor-executivo da Anda Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher, contestou a informação do presidente da Comissão de Crédito da CNA. "Pode-se importar fertilizante de qualquer país do mundo desde que comprove ser um produtor rural e cadastrado junto ao Ministério da Agricultura. Isso é permitido na Lei 4954/2004", contestou. "E não existe na Lei a nomeclatura ‘genéricos’, complementou.