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Produção de aves do Maranhão crescerá 50%

<p>O setor avícola do Maranhão vai crescer 53% até 2008, saltando de uma produção de 2,8 milhões para 4,3 milhões.</p>

Redação AI (19/07/07) – O incentivo aos pequenos produtores e a reabertura do abatedouro Frango Americano, em São José de Ribamar, prevista para o próximo ano, apontam para esta projeção.

A empresa, do grupo paraense Y. Watanabe, anunciou investimentos de R$ 3,5 milhões para reabrir o abatedouro, desativado desde 1999, o que vai garantir a compra de aves dos produtores maranhenses. "A produção de frango vivo era insuficiente para atender a demanda do abatedouro. Hoje, a realidade do Maranhão é diferente. Há uma demanda forte", afirma o diretor do grupo, Evandro Watanabe.

Até a reabertura, a Frango Americano espera um aumento de frangos alojados em mais 1,5 milhão no estado – entre produção própria e integração. Atualmente, a Frango Americano produz 235 mil aves por semana. A meta é alcançar 285 mil aves semanais para iniciar o abate. A empresa pretende quer atender aos mercados no Nordeste e do exterior.

Enquanto a empresa prepara-se para reabrir o abatedouro, os produtores apresentam projetos aos bancos para obterem financiamentos para o custeio da produção. O Banco do Nordeste já aprovou 10 projetos para o município de Itapecuru Mirim, no valor de R$ 300 mil. Outros 10 estão em análise. A expectativa é que produtores de outros municípios também se interessem e queiram fazer parte da integração com a Frango Americano.

Iniciativa privada, governo e associações do Estado estão unidos para desenvolver a avicultura maranhense, por meio do Projeto de Beneficiamento e Industrialização de Grãos, elaborado pela Secretaria de Indústria e Comércio do Maranhão (Sinc). Segundo o superintendente de Agronegócio da secretaria, Marco Moura, a idéia é agregar valor à soja e a outras culturas produzidas no Estado. Um termo de compromisso foi assinado esta semana entre todos os envolvidos. O projeto prevê também a produção de ração animal. Os produtores de soja e milho do Cerrado Leste Maranhense vão fornecer grãos para atender a demanda do setor avícola. "Não queremos que esta soja produzida aqui seja processada em outro país e depois retorne para o Brasil", diz o presidente da associação de produtores, Wilson Ambrozi.