Redação (27/02/07) – Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), em igual comparação a receita com os embarques recuou 5,6%, de US$ 280,8 milhões para US$ 265,1 milhões.
De acordo com Ricardo Gonçalves, presidente-executivo da entidade, a queda prevista já era esperada e sequer ameaça as projeções moderadamente otimistas para a performance das exportações ao longo do ano. "Não houve nada de excepcional. As vendas foram muito fortes em dezembro", disse ele.
Entre os tipos de produtos vendidos pelo Brasil no exterior, a maior queda em janeiro foi a dos embarques de cortes de frango. Em volume, a redução chegou a 7,05%; em valor, a 13,72%, sempre de acordo com a Abef. Já as vendas de frango inteiro ao exterior registraram recuo de 0,77% em volume e de 4,13% em valor. A boa notícia ficou por conta das exportações de industrializados, que subiram 74,06% em volume e 76,67% em valor na comparação entre os meses de janeiro de 2006 e deste ano.
Outro sinal positivo visto por Gonçalves foi o forte incremento das exportações totais para a União Européia. No primeiro mês do ano, os embarques consolidados para aquele mercado chegaram a 34.523 toneladas, 31,52% mais que em janeiro do ano passado. A receita proveniente desses embarques somou, conforme a Abef, US$ 71,196 milhões, um salto de 25,88%. O resultado aconteceu já em meio ao primeiro caso de gripe aviária no Reino Unido.
Gonçalves mantém para o acumulado do ano uma previsão de aumento de 5% no volume das exportações e de quase 7% na receita. Mas ressalva que isso dependerá dos rumos da gripe aviária em países consumidores e do câmbio. Já o efeito da alta internacional do milho nas exportações de frango não preocupa.