Redação (14/11/06) – Segundo o brasileiro Antonio Iafelice, idealizador e principal executivo da empresa, serão entre US$ 165 milhões e US$ 170 milhões para este ciclo 2006/07, ante US$ 85 milhões em 2005/06.
Do montante total que será liberado para a safra nova, US$ 100 milhões virão de uma operação fechada pela Finacom – braço financeiro do conglomerado – no exterior e anunciada ontem. Trata-se, conforme a Agrenco, de um empréstimo sindicalizado liderado pelo Deutsche Bank. “Como não somos uma trading, mas uma empresa de soluções, estamos conquistando a confiança do lavrador. E com inadimplência marginal”, afirmou Iafelice.
De acordo com ele, a Agrenco – líder em vendas de produtos agrícolas rastreados na Europa – fechou programação para o ano que vem em que prevê captar diretamente 2,574 milhões de toneladas de soja no Brasil em 2006/07, 760 mil a mais que em 2005/06. “Este ano foi pior do que esperávamos no país, mas os sinais para 2007 são mais positivos”, afirma.
Apesar da crise de liquidez e renda dos produtores brasileiros de grãos ter limitado o avanço do grupo, seu faturamento global deve crescer cerca de 40% neste ano e alcançar US$ 1,4 bilhão, estima Iafelice. O executivo não se inclui no rol dos que acreditam que as cotações internacionais de soja estão “artificialmente” sustentadas pela ação de fundos de investimentos, e se mantém confiante em suas projeções para este mercado – seu principal carro-chefe – no próximo ano.
“Com mais milho usado para a produção de etanol nos Estados Unidos e crescente demanda por biodiesel, os preços tendem a permanecer firmes”, acredita Iafelice. Nos recentes leilões de soja promovidos pela Conab no Brasil, a Agrenco foi a segunda empresa que mais comprou. (FL)