Redação (03/11/06) – O foco registrado em Mato Grosso no final de outubro, não põe em risco a vida de seres humanos. A Newcastle, também registrada no Rio Grande do Sul em julho deste ano, acomete várias espécies de aves e segundo a literatura, raramente afeta o homem. Alguns registros dão conta de manifestação em seres humanos em forma de uma conjuntivite considerada branda.
Entre as aves há alta difusão. Os sintomas observados nas 26 aves da fazenda Santa Marina, em Lambari DOeste (327 quilômetros a Oeste de Cuiabá), foram andar cambaleante, prostração (abatimento), diarréia branca e redução no consumo de água e alimentos.
A gripe aviária ainda não existe no Brasil. Diferente da Newcastle, não há vacina contra a Influenza.
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A gripe aviária é uma doença contagiosa, causada por uma variação do vírus influenza tipo A que só afeta aves. Ela ocorre por todo o mundo. Especialistas acreditam que todas as aves são susceptíveis a essa infecção, mas algumas espécies são mais resistentes que outras. As aquáticas são hospedeiras do vírus e não manifestam a doença.
Os vírus não são transmitidos facilmente das aves para as pessoas. A contaminação é feita através do ar e ocorre essencialmente após um período prolongado e contínuo de contato em espaços confinados com secreções respiratórias ou fezes de animais contaminados, tanto por contato direto quanto por contato indireto (superfícies ou mãos contaminadas pelas fezes).
Nos últimos anos a gripe aviária tem sido a causa de vários casos de infecções em humanos, alguma vezes muito severas, mas sem uma notável transmissão do vírus entre humanos.
Somente na Ásia, até março deste ano, mais de 300 milhões de aves morreram ou foram sacrificadas, vítimas do vírus H5N1. Existem relatos de que 186 humanos foram contaminados e que 105 morreram.
Não existe vacina contra a Influenza para as aves. A maneira de controlar a doença é somente através do descarte dos animais infectados e próximos ao foco, num raio de 10 quilômetros. Esse descarte engloba desde as aves de criações até domésticas. No caso dos humanos, estão iniciando pesquisas para o desenvolvimento de remédios eficazes.
