Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Sanidade é enfocada na abertura do WOC 2006

<p>Congresso Internacional de Estrutiocultura (criação de avestruzes) reúne autoridades no Centro de Convenções do WTC Hotel, em São Paulo, para discutir assuntos da estrutiocultura brasileira.</p>

Redação (27/10/06) – Palestrantes que se pronunciaram na cerimônia de abertura do World Ostrich Congress 2006 (WOC 2006), que aconteceu na manhã desta quinta-feira dia 26/10/2006, concordaram que a sanidade da avicultura brasileira é fator imprescindível para o sucesso da estrutiocultura no pais e que a atividade está se profissionalizando cada vez mais.

Abrindo o evento, Adair Ribeiro presidente da ACAB Associação dos Criadores de Avestruzes do Brasil, foi o primeiro a se pronunciar. Em seu discurso, Adair ressaltou que a estrutiocultura já atravessou fases de muita especulação e de aventureiros buscando o lucro fácil. “É chegado o momento da profissionalização de nossa atividade”, destacou o presidente. “O Brasil possui criatórios modelo, implementando selos de qualidade inéditos na pecuária do avestruz mundial e outros com certificação ISO, igualmente inédita no mundo e Gestão em Segurança Alimentar”, discursou Adair. Ele complementou que a busca pelo controle sanitário e a qualidade dos plantéis nas fazendas são uma constante na pecuária do avestruz.

Julio Cabrino, presidente da AEPE – Associação Paulista dos Empreendedores da Estrutiocultura falou em seguida ao pronunciamento do presidente da ACAB, concordando com ele em seu discurso. “Avestruz não é a galinha dos ovos de ouro mas, sim, uma atividade profissional séria, com boas perspectivas de renda”, destacou Cabrino.

Autoridades

Também marcando sua importante presença na abertura do WOC 2006, o presidente da UBA – União Brasileira de Avicultura, Zoé Silveira DAvila, ressaltou em seu pronunciamento o quanto a estrutiocultura está se desenvolvendo a passos largos e a importância de se criar barreiras sanitárias eficientes para um maior controle dos plantéis avícolas brasileiros, inclusive, avestruzes. “Hoje, se uma galinha ”tossir” no Acre, como não temos implantado uma regionalização, corremos o risco do setor avícola ingressar em um declínio brusco”, alertou DAvila, complementando: “Precisamos cuidar muito da rastreabilidade e da sanidade das nossas aves, em especial do avestruz, pois as missões internacionais que nos visitam e nos inspecionam estão atentas à qualidade e à sanidade dos nossos produtos”, ressaltou.

Zoé também salientou, como médico, a importância do presença da carne de avestruz no prato do brasileiro. “Além dos nutrientes que apresenta em abundância, como ferro e ômega 3, esta carne quase não existe o colesterol e é interessante que a classe médica comece indicar o consumo deste produto para o seu paciente, assim como já acontece com os peixes e com as aves”.

Representando o Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, Aneli Dacas Franzmann falou sobre a importância em sociabilizar a carne do avestruz para o consumidor brasileiro, tendo em vista sua importância nutricional. “Fiquei encantada ao saber que praticamente 100% do avestruz é aproveitado: carne, plumas, couro, óleo do avestruz e até mesmo sua unha, na confecção de bijuterias!”, comentou Aneli.

O Secretário da Agricultura de SP, Alberto José Macedo Filho, fechou a abertura do WOC, destacando também que a sanidade das aves é fundamental para assegurar um futuro ainda mais promissor para a estrutiocultura e avicultura do Brasil. “É na agregação de valor que reside nossa grande força para gerar empregos e oportunidades no campo. Estou me unindo ao Zoé no objetivo da defesa sanitária, contratando novos profissionais através de concurso publico para auxilio com a sanidade no Brasil, entre outras medidas”, ele destacou.