Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Número de vítimas da gripe aviária tem aumentado, adverte a ONU

<p>Mais de 30 países registraram surtos de gripe aviária neste ano.</p>

Redação (26/10/06) – E o número de pessoas que morrem por mês está aumentando, mas o mundo escapou de uma pandemia imediata da gripe possivelmente por causa da resposta global às advertências feitas um ano atrás, disse hoje o chefe para gripe aviária da Organização das Nações Unidas (ONU), David Nabarro.

Nabarro advertiu que seu aviso de um ano atrás de que uma mutação do virulento H5N1, que tem dizimado criações desde o fim de 2003, poderia aparecer a qualquer momento e causar uma pandemia entre humanos, matando milhões de pessoas, não foi “exagerada”. “Haverá uma pandemia de gripe um dia. Eu não sei – vocês não sabem – quando, mas ela virá e terá grandes conseqüências econômicas e sociais”, afirmou. “A única exigência é que estejamos preparados para isso”, acrescentou.

O letal vírus H5N1 da gripe aviária atingiu criações em todo o mundo, menos no Hemisfério Ocidental, matou dezenas de galinhas, patos, gansos e outros pássaros, disse Nabarro em entrevista à imprensa. “Em 2006, vimos mais de 30 países registrando surtos”, afirmou. “Infelizmente, o vírus continua a afetar seres humanos, com 256 pessoas infectadas e 151 mortas desde 2003.”

Nabarro estimou que o H5N1 continuará a ser uma importante questão de saúde animal pelos próximos cinco anos, e talvez 10 anos, porque é muito virulento, mas, ao mesmo tempo, pode sobreviver em certas comunidades de pássaros sem apresentar sintomas durante longos períodos. Além disso, segundo ele, a gripe aviária parece disseminar-se mediante uma combinação de pássaros selvagens que migram e o contágio entre aves infectadas.

Uma solução
Um caminho para enfrentar a gripe aviária é mudar a maneira de pessoas e países criarem galinhas e patos, e especialistas acreditam que levará 10 anos para mudar as práticas de criação, especialmente em países onde as criações são numerosas e pássaros são mantidos no fundo do quintal, disse Nabarro.

Embora o Hemisfério Ocidental tenha escapado da gripe aviária até agora, Nabarro apelou para que as Américas fiquem vigilantes nos próximos meses de inverno, quando os pássaros começam a migrar para o sul, vindos do Alasca, pela área do Rio Mississippi e depois para o sul. Ele disse que os países em outra rota migratória, do sul da Sibéria para Ucrânia, Mar Negro e Oriente Médio também devem ficar alertas contra pássaros infectados. As informações são da Dow Jones.