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Catarinenses pedem ao Mapa reconhecimento mundial de SC como área livre sem vacinação

<p>Um encontro está programado para às 15 horas, no edifício-sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.</p><p></p>

Redação (03/10/06)- Uma comissão de alto nível formada por dirigentes da Faesc, do Sindicarnes, da ACCS e da Secretaria de Estado da Agricultura reúne-se nesta terça-feira, 3, em Brasília, com o ministro Luiz Carlos Guedes Pinto, da Agricultura, para reivindicar que o governo federal defenda junto à Organização Internacional de Saúde Animal o reconhecimento de Santa Catarina como área livre de aftosa sem vacinação. O encontro está programado para às 15 horas, no edifício-sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A comitiva entregará um dossiê ao ministro, comprovando que, na prática, o estado já desfruta dessa condição (área livre sem vacinação), mas a falta da chancela da instituição mundial causa prejuízos à economia catarinense.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, assinala que o estado está há 14 anos sem ocorrência de aftosa e há seis anos sem vacinação, configurando um status sanitário único no Brasil. Lembra que, no passado, a Faesc já propôs ao Ministério da Agricultura a manutenção do Circuito Pecuário Sul com diferenciação de status sanitário: Santa Catarina seria declarada área livre de aftosa sem vacinação e, o Rio Grande do Sul, área livre com vacinação.

De acordo com Pedrozo, somente com o reconhecimento mundial o Brasil poderá acessar importantes mercados como a Japão, a União Européia, Estados Unidos e México, entre outros.

O Ministério da Agricultura é a única instituição com voz e voto na assembléia da Organização Internacional de Saúde Animal. A data para defender a proposta é 25 de maio de 2007, em Paris, onde se reúne anualmente a assembléia daquele organismo.

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, explica que a proposta tem o mérito de preservar o circuito Sul e, ao mesmo tempo, reconhecer a privilegiada condição catarinense. Nosso Estado tornou-se uma ilha de sanidade no Brasil, demonstrando possuir um dos mais confiáveis sistemas sanitários do país. Essa condição resultou de esforços dos produtores rurais, das agroindústrias e do governo.

ESTRUTURA

Nas atuais condições, o circuito Sul tem área territorial de 378 mil Km2 e população de 14,9 milhões de bovinos, 10,6 milhões de ovinos e 6,5 milhões de suínos. Limita-se ao norte com o Estado do Paraná (Zona Tampão), ao Sul com a República Oriental do Uruguai, a Leste com o Oceano Atlântico e a Oeste com a República Argentina.

Um eficiente sistema de vigilância sanitária e atenção veterinária está em funcionamento na Zona Livre, na qual se praticava a vacinação regular de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa, com vacina trivalente OAC, inativada, oficialmente controlada quanto à sua qualidade – eficiência e inocuidade. A vacinação era obrigatória e fiscalizada pelos serviços veterinários oficiais até a decretação de área livre sem vacinação.