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Conab divulga primeiro estudo sobre evolução dos preços de agrotóxicos

<p>A partir de agora, além dos custos de produção, a Conab passa a informar as cotações desses insumos, iniciando com os agrotóxicos (fungicidas, herbicidas e inseticidas).</p>

Redação (31/08/06)- Com o objetivo de atualizar os custos de produção das diversas culturas agrícolas, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza a cada dois meses, em campo, o levantamento dos preços dos insumos (sementes, agrotóxicos, máquinas/implementos e serviços).

A partir de agora, além dos custos de produção, a Conab passa a informar as cotações desses insumos, iniciando com os agrotóxicos (fungicidas, herbicidas e inseticidas). Esse trabalho, além de subsidiar o governo federal na elaboração do Índice de Preços Pagos (IPP) e nas decisões referentes às políticas públicas de abastecimento e renda, terá impacto na redução dos custos de produção dos agricultores, uma vez que, conhecendo as cotações em diferentes estados, os produtores poderão barganhar redução de preços juntos às casas de revendas ou mesmo adquirindo os agrotóxicos diretamente às indústrias.

Os agrotóxicos representam na composição dos custos de produção apurados pela Conab para a região Centro-Sul, cerca de 25,4% para o algodão, 10,4% para o arroz, 10,9% para o milho, 19,2% para a soja e 15,7% para o trigo.

Esse primeiro estudo, que foi realizado no último mês de julho, mostra que os preços dos agrotóxicos caíram 21,2% no período de junho de 2005 a julho de 2006 e, em 7,8% apenas nos sete primeiros meses deste ano. A redução mais significativa foi para o fungicida (23,8%), seguidas do inseticida (20,4%) e do herbicida (20,2%).

A queda, de acordo com Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag), deve-se à fraca demanda pelos insumos. A comercialização de agrotóxicos reduziu 34% somente no primeiro semestre deste ano, quando comparada  ao mesmo  período do ano passado. Em um ano, o setor teve uma queda no faturamento de cerca de 13%, saindo de US$ 4 bilhões para US$ 3,5 bilhões.

A redução nas vendas, segundo ainda as indústrias fornecedoras, ocorre devido aos problemas que passa o setor primário da economia. As vendas de agrotóxicos para a próxima safra estão bastante atrasadas. Normalmente as compras se definem até a primeira quinzena de setembro. Mas para este ano, a previsão é de que haverá uma redução significativa na aplicação de agrotóxicos, embora em função das medidas de apoio ao setor tomadas pelo Governo, possam restabelecer os níveis de comercialização a partir do início da próxima safra. Confira a pesquisa completa no site:  www.conab.gov.br