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Milho volta a subir e fecha no maior nível em um mês

<p>O aumento foi em função das previsões climáticas desfavoráveis à safra dos Estados Unidos, de acordo com os analistas.</p>

Redação (13/07/06) – O milho fechou ontem no seu maior valor em um mês, na Bolsa de Futuros de Chicago. O mercado de milho fechou com altas de 2 a 5,50 centavos de dólar, com o contrato de julho ajustado a 259,25 centavos de dólar por bushel e o contrato de dezembro a 284 centavos de dólar. De acordo com analistas, o aumento foi em função das previsões climáticas desfavoráveis à safra dos Estados Unidos, que motivaram compras de fundos de investimento. Com relação ao relatório de dados econômicos dos Estados Unidos divulgado ontem, os números foram neutros na sua maioria.

O milho abriu as operações em alta, foi negociado em baixa e depois subiu fortemente devido a compras de fundos em meio à hesitação dos vendedores, com condições climáticas aquém das ideais para a polinização das lavouras americanas. “Acredito que as compras de fundos em bom volume vão continuar. As previsões do tempo ainda indicam tempo seco e quente para o Meio-oeste americano e isso vai deixar o mercado excitado novamente”, afirmou Shawn McCambridge, analista da Prudential Financial.

No Brasil, o indicador de milho, calculado pela FGV, ficou em R$ 16,85 por saca de 60 quilos, queda de 0,53% no dia.

Café em elevação

O café arábica encerrou as operações ontem, em Nova York, com preços levemente mais altos em relação ao dia anterior. A cotação pulou de 99,80 centavos de dólar por libra peso para 99,95 centavos dos contratos para setembro. A colheita sem maiores problemas nos principais países produtores e as compras de fundos suportaram a elevação. Nova York também recebeu influência do desempenho da commodity na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe), onde os contratos do café robusta para setembro subiram de US$ 1.305 para US$ 1.317 por tonelada métrica. A redução na oferta do tipo robusta é apontado por especialistas como o principal fator de suporte para a alta. “O café subiu em Londres e Nova York acompanhou”, disse Rodrigo Costa, vice-presidente da Fimat dos Estados Unidos. “Há uma leve tendência de venda na origem”, completou. O Governo brasileiro também divulgou o preço mínimo oficial do café arábica e do robusta em grãos, que ficaram em R$ 157 e R$ 89 respectivamente a saca de 60 quilos. No Brasil, o valor à vista em reais do indicador do café Arábica calculado pela Esalq ficou em R$ 220,71/saca (+0,71%). Em dólar, o valor ficou em US$ 100,32/saca (+0,02%). A prazo, a cotação ficou em R$ 222,32/saca (+0,71%).

Suco de laranja

A safra de laranja do estado americano da Flórida, a maior região produtora dos EstadosUnidos, pode chegar a 151 milhões de caixas, volume 1,3 % menor do que o estimado há um mês, informou o governo dos Estados Unidos. O suco de laranja congelado e concentrado para entrega em setembro subiu 0,3 centavo de dólar, para 158 centavos de dólar a libra peso ontem na Bolsa de Commodities de Nova York(Nybot). Em 23 de junho passado, os preço desse contrato alcançaram a cotação de US$ 1,6935, o valor mais alto desde dezembro de 1991.Uma caixa de laranja pesa cerca de 41 quilos.Os contratos futuros de suco de laranja em Nova York registraram alta de 39 % nos últimos 12 meses e alcançaram este mês sua maior cotação dos últimos 14 anos.

Açúcar em baixa

Os preços do açúcar recuaram ontem na Bolsa de Nova York. O primeiro contrato caiu para 16,27 centavos de dólar. Se nos Estados Unidos as cotações passam por ajustes, no Brasil o açúcar voltou a subir nas usinas paulistas: R$ 50,44 por saca, segundo o Cepea.

Soja em grão recua

A soja em grão caiu 4 centavos e fechou a 603 centavos de dólar por bushel, nos contratos para julho da Bolsa de Mercadorias de Chicago. Os fundos vendidos chegaram a 4 mil contratos, disseram analistas.

Clima seco

A ameaça de seca também coloca em perigo safra de inverno da Austrália. A Austrália, que teve o mês de junho mais seco em um século, pode ser forçada a reduzir ainda mais a estimativa para a safra de inverno se as principais áreas produtoras não receberem mais chuvas em breve, afirmaram autoridades da indústria ontem. A região Leste da Austrália recebeu algumas chuvas em meados de junho que favoreceram o plantio, mas em seguida ocorreu uma estiagem que preocupou produtores.”As lavouras estão em perigo”, afirmou o corretor de grãos Rob Imray.