Redação (10/07/06) – Atualmente o produto chegava ao País através de Hong Kong, que atuava como uma espécie de atravessador do mercado internacional de frango. Quatro frigoríficos do Paraná, incluindo a Coopavel (Cooperativa Agroindustrial de Cascavel), foram habilitados para fazer as exportações diretas à China.
As novas habilitações foram confirmadas na semana passada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e são resultados da visita de um grupo de técnicos do governo Chinês que inspecionou abatedouros em vários estados brasileiros em março passado. Ao todo foram 14 indústrias habilitadas no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Agora são 24 os estabelecimentos autorizados para as vendas diretas para a China.
No Paraná, a Copacol (Cooperativa Agropecuária Consolata), de Cafelândia, recebeu a habilitação pela primeira vez. A Coopavel e a Lar, de Medianeira, já exportavam para o País e tiveram a autorização revalidada. A C.Vale, de Palotina, Da Granja, da Lapa e a Big Frango, de Rolândia, foram as outras empresas autorizadas. As indústrias habilitadas acreditam que a medida irá aumentar os negócios com os chineses, uma vez que a exportação direta poderá oferecer maior oportunidade de negociação, tornando o produto brasileiro ainda mais atrativo.
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A China é um grande importador de carne e a abertura direta do mercado vai permitir o contato direto com os compradores de frango, afirma Carlos Alberto Cruz, gerente do frigorífico de aves da Coopavel. De acordo com ele, a cooperativa já opera com o mercado Chinês há cerca de dez anos, mas os embarques tinham que passar por Hong Kong. Desde a semana passada, a Coopavel está fazendo embarques diretos para o País do Oriente.
Os volumes exportados para a China não são revelados pela cooperativa, que abate diariamente 120 mil aves. Cerca de 50% da produção são exportadas para vários países da Ásia e Europa.
