Redação (09/05/06)- Após o congestionamento da semana passada, o fluxo de carga e descarga voltou ao normal no porto de Rio Grande (RS), segundo o superintendente do complexo gaúcho, Vidal Áureo Mendonça. O problema foi desencadeado pela concentração do escoamento de soja, combinado com uma redução no ritmo de operação nos terminais graneleiros Termasa/Tergrasa por causa do atraso na chegada de navios que estavam programados.
Caminhoneiros que levaram o produto até Rio Grande protestaram contra a demora no descarregamento do grão e pediram o pagamento de diárias para ressarcir a espera. Um acordo fechado entre os motoristas e a direção do porto na sexta-feira prevê o pagamento de uma indenização, em caso de demora superior a 24 horas. A regulamentação deverá ser elaborada pela superintendência do porto em conjunto com os motoristas, embarcadores e terminais, explicou o secretário da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fecam), André Costa. Uma estimativa inicial indicou a necessidade de ressarcimento aos motoristas em R$ 0,40 por hora – após as primeiras 24 horas -, mas o valor ainda não foi negociado.
A recuperação da safra de soja ajuda a aumentar o movimento em Rio Grande. Os produtores devem colher 8 milhões de toneladas no período 2005/06, com 205% de aumento em relação à anterior. Os caminhoneiros cobrarão dos embarcadores na Justiça pelos dias parados, já que os terminais emitiram avisos prévios sobre as dificuldades de operação.
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