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Simpósio Brasil Sul de Avicultura pede programa de regionalização sanitária

<p>O pedido foi feito pela presidente da comissão central organizadora, Luciane Surdi.</p>

Redação AI (05/04/06)- Ao abrir o VII Simpósio Brasil Sul de Avicultura, ontem, no Bristol Lang Palace Hotel, em Chapecó, a presidente da comissão central organizadora, Luciane Surdi, pediu urgência na implantação do programa de regionalização sanitária da avicultura brasileira para neutralizar eventual surgimento de doenças como a influenza aviária (gripe aviária) no país.

Não podemos desprezar os riscos da chegada da doença no Brasil, apesar de serem mínimos, coloca, observando que a avicultura nacional, com a qualidade e a sanidade que possui, está largamente à frente e habilitada a disputar novos mercados e mostrar ao mundo todos os seus diferenciais competitivos.

A presidente lembra que no Simpósio de 2005 foi editada a Carta de Chapecó assinada por representantes de entidades da avicultura nacional como União Brasileira de Avicultura (UBA), Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (ABEF), associações avícolas, além de técnicos de empresas e empresários do setor.

A Carta continua atual porque reclamava da redução do orçamento federal para área de defesa sanitária animal, urgência na implantação do sistema de regionalização, entre outros apontamentos. Destacamos a importância que a avicultura tem na economia do país com intuito que nada seja deliberado pelo Governo Federal enquanto não haja amplo debate sobre assuntos que sejam de interesse dessa área, destacou a coordenadora do Simpósio.

O documento aponta as graves ocorrências de Influenza Aviária e Doença de Newcastle ocorridas em diversos países o que tornam mais urgente a tarefa de acelerar a implementação do Programa Nacional de Sanidade Avícola, em todo o território nacional. Em função disso pede-se também prioridade para o programa de treinamento, capacitação e erradicação de doenças exóticas e emergenciais das aves, credenciamento de laboratórios particulares para realização de monitoria sorológica de Influenza, cadastramento eletrônico de todas as instalações avícolas comerciais existentes no país, implementação de Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves; revisão do sistema de credenciamento de médicos veterinários; entre outras reivindicações.

A carta reivindica recursos para a implementação e execução dos programas sanitários avícolas e a vistoria de incineradores e central de tratamento químico de portos e aeroportos internacionais do país, com referencia ao material orgânico (restos de alimentos e outros dejetos) da tripulação e passageiros retirado das embarcações e aeronaves, bem como implantação de detectores de material orgânico nos aeroportos internacionais para exame de bagagens.

O setor de avicultura representa 1,5% do PIB brasileiro. Gera aproximadamente quatro milhões de empregos diretos e indiretos e rende ao Brasil US$ 3,5 bilhões decorrentes de exportações.