A BRF está fazendo um trabalho “muito bem feito”, com um diagnóstico completo sobre o desempenho da companhia, a fim de elevar o seu desempenho, afirmou o CEO da BRF, Miguel Gularte, durante evento da Credit Suisse realizado na tarde de ontem (31). Ele avalia que o setor trabalha com uma demanda que supera a oferta. (Por isso) “há tranquilidade de saber que tudo o que produzimos vamos vender”, disse.
Em relação às perspectivas para o curto e médio prazo, Gularte observa que a BRF entregará o resultado que o mercado espera. “Entendemos que temos oportunidades para capturar a demanda, no mercado interno e externo. Há possibilidades interessantes no exterior. No Oriente Médio, a BRF tem uma market share interessante”, observou. “A BRF está condenada ao êxito”, resumiu.
Segundo ele, nos últimos anos, o Capex da BRF foi muito bem aplicado. “Agora, estamos analisando o momento 2023/24, momento de organizarmos a casa, no sentido de melhorar a parte operacional, como logística, mortalidade e alcançar novos mercados”, afirmou.
Conforme disse, a BRF tem uma “execução robusta para ser colocada em prática”. “A empresa tem que olhar para frente, se preocupar com o dia a dia e performar bem”, disse. Acrescentou que a empresa tem trabalhado para capitalizar “uma vantagem que é inerente à BRF”, dona das marcas Qualy, Sadia e Perdigão.
“Temos um conselho muito alinhado, uma empresa focada em melhorar e performar melhor. E isso vem de cima. Quando vem de cima, conseguimos trabalhar melhor embaixo.”
Ele apontou, por exemplo, que a BRF tinha “um certo delay” em fazer a diferença entre destinar a produção direcionada ao mercado interno para o mercado externo, mas que isso é um ponto que vem sendo melhorado sob sua gestão. “Nós temos expertise para fazer dar certo. É questão de tempo. Será em menos tempo do que as pessoas esperam, e em menos tempo que o mercado supõe”, projetou.