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Suinocultor de Minas investe em produtividade

<p>Após 18 meses em crise, preço e produção estão estabilizados.</p>

Redação SI 25/08/2005 – A estabilidade nas vendas da carne suína em Minas Gerais, no acumulado do primeiro semestre, comparado ao mesmo período do ano passado, levou os produtores a investir no aumento da produtividade, ao invés de aumentar a produção. Passada a crise que castigou os setor por 18 meses, a expectativa é arrecadar neste ano R$ 750 milhões, somando cerca de 300 mil toneladas de carne suína, contra 278 mil em 2004. Desde junho a carne vem tendo incremento semanal de cerca de 2% no preço, e os produtores esperam manter essa recuperação até o início do próximo ano. O produto está sendo comercializado em média a R$ 2,56 o quilo ao produtor.

Entre fevereiro de 2002 e agosto de 2003 o setor sofreu uma crise de superprodução que forçou uma redução de 50% no preço de comercialização. O quilo de carne suína chegou a R$ 1,20. O resultado foi queda de 15% no número de matrizes e início de recuperação do segmento. Com o preço e a produção estabilizados, o suinocultores não devem fazer novos investimentos, apostando no aquecimento do consumo para o final de ano.

De acordo com o presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), José Arnaldo Cardoso Penna, o setor está realista e acredita que o aumento do consumo para as festas de Natal e Ano-novo deve ser absorvido pelos frigoríficos. “Nos meses de outubro e novembro as vendas de carne suína costumam ser menores e os frigoríficos podem acumular parte do produto para o período de maior procura”, afirmou José Pena.

A estimativa é que não haja crescimento no faturamento neste ano, que deve registrar o mesmo patamar do ano passado, com variação positiva de no máximo 3% na produção nacional. Em 2004 a produção do Estado foi de 278 mil toneladas de carne suína e a nacional, de 2,8 milhões de toneladas. Minas Gerais é o quarto maior produtor do país, com cerca de 10% do rebanho. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) tem 1,125 mil produtores cadastrados, totalizando 1,56 milhão de matrizes.