Redação SI 12/07/2005 – Os dois principais estados produtores de carne suína da região Sul encerraram o primeiro semestre deste ano com elevação nos abates sob inspeção federal. Os dados divulgados ontem pelo Sindicato da Indústria de Produtos Suínos no Estado do Rio Grande do Sul (Sips) apontam o crescimento de 5,65% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 419,56 mil animais abatidos no RS entre os meses de janeiro e junho. Em Santa Catarina, o avanço foi de 5,25% no mesmo período, com 593,95 mil cabeças.
O incremento acontece num momento difícil no mercado interno gaúcho. Segundo o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, o inverno ameno está afetando o consumo sazonal normalmente verificado nesta época do ano no varejo. Nos últimos meses, a rentabilidade vem sendo prejudicada por outros fatores, como perda do poder aquisitivo e aumento das tarifas públicas, enumerou o dirigente. Conforme dados do Sips, o recuo de preços à indústria chega a 30% nos últimos 12 meses, dependendo dos cortes. O dirigente avalia que os números são significativos, pois 80% da produção nacional é consumida no mercado interno. Os empresários apostam na manutenção da elevação das exportações para garantir alguma lucratividade.
Os produtores também. A Associação dos Criadores de Suínos do RS (Acsurs) diz que os embarques externos já propiciaram uma melhora nos preços ao suinocultor no Estado. Nesta semana, os produtores independentes estão recebendo R$ 2,30 pelo quilo contra os R$ 2,00 pagos no começo do mês, mas o presidente da Acsurs, Valdecir Folador, lembra que, em abril, o produtor recebia R$ 2,80.
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Os integrados perderam R$ 0,50 no início do ano mas, de lá para cá, a cotação do quilo permanece nos R$ 2,00. ”Estamos com plantéis estáveis. Acreditamos num segundo semestre com boas perspectivas e certa tranquilidade se não acontecer nenhum fato novo no mercado.” O balanço da exportações de carne suína do Rio Grande do Sul no primeiro semestre será divulgado ainda nesta semana pelo Sips.
