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Indústria de alimentação animal brasileira cresce 5% em 2004

Já o faturamento do setor deverá chegar a U$ 8,4 bilhões. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (17/12) pelo Sindirações, em evento na Fiesp.

Mário Sérgio Cutait, presidente do Sindirações ao anunciar os resultados do setor em 2004

Da Redação 17/12/2004 – Depois de registrar uma queda abrupta em 2003, a produção da indústria de alimentação animal voltou a crescer este ano. O setor fechará 2004 registrando uma produção de 43,5 milhões de toneladas, volume 5% superior ao verificado no ano passado. Já o faturamento do setor está estimado em US$ 8,4 bilhões. As informações foram divulgadas pelo presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação (Sindirações), Mário Sérgio Cutait, durante encontro promovido hoje (17/12) pela entidade no edifício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Almoço do Sindirações reuniu representantes da indústria de alimentação animal  no prédio da Fiesp

Durante o evento, que reuniu um grande número de empresários do setor e lideranças do agronegócio nacional, Cutait fez um balanço do desempenho da indústria de alimentação animal nos últimos 12 meses. Segundo o presidente do Sindirações, a principal meta do setor para o ano de 2004 foi cumprida. Fechamos o desastroso ano de 2003 com a meta de fazer nosso setor voltar a crescer, diz Cutait. “Felizmente conseguimos superar esse desafio. A indústria de alimentação animal encerra o ano com um crescimento de 5% em seus volumes”.

De acordo com Cutait, a boa performance do setor este ano foi motivada principalmente pelo desempenho excepcional da carne de frango no mercado internacional, que deve crescer cerca de 20% em comparação com as exportações registradas em 2003, e pelas boas safras de milho e soja.

Durante sua apresentação, o presidente do Sindirações enfatizou a participação dos segmentos de premix e pet food no mercado internacional. Juntos, os dois segmentos exportaram cerca de 75 mil toneladas em 2004. “Essas exportações atingiram uma receita de US$ 41,6 milhões, ante US$ 32,8 milhões registradas em 2003″, afirma.


Cutait destacou ainda os investimentos efetuados pelo setor ao longo de 2004. Segundo ele, US$ 170 milhões foram investidos pela indústria para a ampliação e automatização de sua capacidade produtiva, sobretudo em sistemas de controle de qualidade. “Isso mostra que nosso compromisso com Segurança Alimentar cresce a cada ano e acompanha os mais rigorosos padrões internacionais”.

O desempenho da indústria de alimentação animal só não foi melhor, argumentou, porque o setor teve que enfrentar uma série de obstáculos ao longo de 2004.

Os principais, segundo ele, foram os argalos de infra-estrutura, representados por problemas de logística e armazenamento, e a alta carga tributária que incide sobre o setor. “Os portos brasileiros precisam ser urgentemente modernizados. Um setor que importa US$ 400 milhões não pode esperar 30 dias para receber mercadorias sem similar no mercado nacional”, advertiu. “Precisamos também reduzir a carga tributária que incide sobre o nosso setor. Em 2004, nosso setor pagou US$ 1,7 bilhões em impostos”.

Perspectivas –
Cutait mostrou-se bastante otimista quanto ao desempenho do setor em 2005. Segundo ele, em 2005 indústria de alimentação animal vai registrar um novo crescimento. A indústria de alimentação animal vai crescer 8% em volume em 2005, prevê. De acordo com ele, a manutenção da participação brasileira no mercado internacional de carnes, o crescente consumo de proteína animal no mercado interno e a boa perspectiva para a safra brasileira de grãos em 2005 dão suporte para essa previsão. A expectativa, argumentou, é de que os segmentos de pet food, bovicultura para leite e aqüicultura sejam os destaques nos próximos 12 meses.

Manter o consumo interno aquecido e buscar novos mercados são dois dos principais desafios do setor no próximo ano de acordo com o presidente do Sindirações. Fizemos bastante, mas ainda há muito a fazer. Estamos otimistas e confiantes que juntos conseguiremos vencer todos os nossos desafios, concluiu Cutait.

Antes de encerrar sua apresentação, Cutait fez questão de lembrar que o Brasil será sede da primeira edição de um Congresso Mundial de Segurança Alimentar. No próximo ano, o Sindirações será responsável pela organização do Global Feed & Food Safety. Promovido pelo International Feed Industry Federation (IFIF) e com o apoio da FAO, órgão das Nações Unidas voltado à alimentação humana, o evento será realizado em São Paulo, no mês de julho.