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Estoque de frango brasileiro

Exportações de frango para o Oriente Médio aumentam 56%.

Redação AI 20/03/2003 – O setor de frangos já estava obtendo lucros antes mesmo do início do conflito no Golfo Pérsico. As exportações do produto do Brasil para o Oriente Médio cresceram 56% nos dois primeiros meses deste ano e, com a demanda elevada, as vendas para a região foram fechadas com preços maiores e ficaram mais rentáveis.

O diretor executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Cláudio Martins, informou que as vendas para a região estão registrando crescimento acima do esperado. As encomendas aumentaram para a formação de um estoque estratégico, pois o conflito não tem prazo definido.

“A formação de estoque maior nestes casos é natural”, disse Martins. O executivo também confirma que o aumento da demanda favorece a negociação de preços. “É natural que haja também uma performance de rentabilidade melhor”, afirmou o diretor-executivo da Abef.

Em janeiro, os embarques para a região haviam aumentado 57%, comparado ao mesmo mês do ano passado, segundo a entidade, por causa da expectativa da guerra e das festas de peregrinação. Os números relativos a fevereiro ainda vão ser divulgados pela entidade, mas o crescimento foi praticamente o mesmo.

No primeiro mês do ano, a receita das exportações brasileiras do produto totalizaram US$ 115,8 milhões, dos quais 38% em frangos inteiros, 58% cortes de frango e os 4% restantes em produtos industrializados. Os frangos exportados para o Oriente Médio são inteiros, explica Martins.

Apesar da destinação do produto para o mercado externo, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, informou que não houve mudanças no abastecimento interno. O executivo informou que o preço do produto no mercado interno aumentou 10% nas duas últimas semanas mas avalia que o reajuste não estaria ligado às exportações.