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A agropecuária orgânica

A preocupação com a origem dos alimentos e a forma como foram produzidos (defensivos agrícolas e questões ambientais) ganha espaço entre os consumidores.

Da Redação 06/05/2003 – Abre-se uma oportunidade de crescimento para o mercado dos produtos orgânicos.

O segmento dispõe de potencial de crescimento, não só pelas questões levantadas, mas também por apresentar uma participação ainda modesta no que se refere ao uso total das terras agrícolas no mundo (1%), e comparece com apenas 2% da produção de alimentos.

De acordo com André Cabral de Souza, coordenador de Agronegócio, Papel e Celulose da Finep, no Brasil, dados demonstram que a área cultivada sob manejo orgânico é de aproximadamente 158 mil hectares com agricultura e 119 mil com pastejo. “Deve-se mencionar que a fruticultura, excluindo pastagens, desponta como a maior cultura em termos de áreas de produção”, destaca.

No que se refere ao perfil dos produtores, 70% da produção encontram-se concentrados nas mãos de agricultores familiares (90%), principalmente no caso das culturas anuais, que produzem e devem continuar a produzir o que não é produzido pela Europa e América do Norte. Produtos que têm-se destacado: café, chá, cacau, frutas tropicais e cítricas, hortifrutigranjeiros e especiarias, leite e carnes.

“O solo na agricultura orgânica é mais do que um suporte mecânico para as plantas; precisa de todo o cuidado para que não comprometa a atividade microbiana, de procurar diminuir a lixiviação e a demanda externa de fertilizantes”, alerta. “Quanto à água, sua qualidade pode comprometer todo o processo, se a que se usar na irrigação contiver resíduos de esgoto, de indústrias ou agrícolas, exigindo cuidados especiais”.