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Chapecó suspende a entrega de ração

Para amenizar a situação, a direção da Chapecó reativou ontem o frigorífico de Cascavel e vai abater durante três dias por semana, as aves com peso acima de um quilo.

Redação AI 15/05/2003 – Aproximadamente 1,5 milhão de frangos que estão em aviários de produtores integrados ao Frigorífico Chapecó, em Cascavel, e em vários municípios do Oeste Paranaense, podem morrer nos próximos dias por falta de comida. A constatação foi feita ontem junto a vários produtores integrados. Fontes ligadas à empresa dão conta de que a direção da Chapecó suspendeu a fabricação de rações, no final da semana passada. Os frangos estão com idades que variam entre zero e 30 dias e teriam sido alojados logo após o anúncio de que a empresa francesa Dreyfus teria comprado o grupo Chapecó.

Para amenizar a situação, a direção da Chapecó reativou ontem o frigorífico de Cascavel e vai abater durante três dias por semana, as aves com peso acima de um quilo. A situação já foi registrada em Santa Catarina e mais de três milhões de frangos morreram de fome nos últimos 30 dias por falta de ração. Desde sábado o processo de alojamento, em Cascavel, também foi suspenso até que haja uma definição por parte do grupo francês.

O governador Roberto Requião já foi informado de toda a situação e chegou a dizer que é favorável a um novo processo de negociação para que cooperativas ou empresas brasileiras assumam o grupo Chapecó. Ele acha que é preciso impedir que a empresa seja vendida para um grupo multinacional. A declaração de Requião foi dada durante encontro com o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, quando das inaugurações de fábricas da Cocamar, em Maringá.

Os produtores integrados ao frigorífico começam a ficar preocupados com a situação. Eles foram orientados a aguardar uma posição da empresa, mas muitos começam a ficar sem ração e já registram prejuízos financeiros. Em muitos casos, principalmente nas pequenas propriedades, o aviário se transformou na principal alternativa de renda. Com essa situação muitos estão indignados com o que chamam de desrespeito da direção da empresa em permitir uma situação assim.