Redação AI 23/06/2003 – A produção paranaense de frangos aumentou 10,4% em maio, com relação ao mesmo mês do ano passado. O crescimento é sustentado pelas exportações do Estado, que aumentaram 77,1% nos últimos 12 meses, passando de 18,8 mil para 33,3 mil toneladas. ””””Maior produtor do País, o Paraná vai se tornar o maior exportador””””, afirmou Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias Avícolas do Paraná.
No mês passado, foram abatidas 66,5 milhões de cabeças, ante 60,2 milhões de abates registrados em maio de 2002. O volume processado (126,5 mil toneladas) foi o segundo maior da série histórica da avicultura paranaense, inferior apenas ao resultado de janeiro deste ano (129,9 mil toneladas).
Com esta performance, o Paraná se manteve na liderança da produção de frangos, respondendo por 19,1% do total do País. O setor também registrou crescimento de 7,4% com relação aos abates de abril.
Martins revelou que o crescimento resulta da conquista do mercado internacional. Hoje, há 17 empresas sediadas no Estado que exportam parte da produção. Onze delas, inclusive, atendem às rígidas exigências da Comunidade Européia (CE) e estão vendendo carne de frango para aqueles países.
Para negociar com a CE, o presidente do Sindiavipar explicou que é preciso ter rastreabilidade do processo produtivo e estar apto a comercializar cortes, já que esta é a principal demanda da Europa.
O resultado desta especialização reflete no bolso. Enquanto uma tonelada de frangos inteiros vale US$ 850,00, o mesmo volume de filé de frango chega a custar US$ 3,8 mil.
””””Com produtos direcionados a mercados mais elitizados, as indústrias avícolas do Estado têm conseguido melhores negociações e aumentado o valor recebido em dólar””””, destaca Martins. Para a Ásia, por exemplo, as indústrias paranaenses de aves estão vendendo coxa desossada com pele e sem pele.
Nem mesmo a diminuição da cota de exportação brasileira de frango para a Rússia atrapalhou as metas previstas para 2003. ””””Ganhamos mercados paralelos nos países que compunham a Antiga União Soviética””””, relatou. Neste ano, a avicultura paranaense projeta expansão de 12% sobre os US$ 331 milhões exportados em 2002.
A Cooperativa Agropecuária de Cascavel (Coopavel) é uma das empresas paranaenses que ganhou o mercado externo com eficiência. Ainda no primeiro semestre de 2003, já conseguiu atingir a meta de exportar 50% da produção, que totaliza 150 mil cabeças por dia. O volume de abates se mantém estável desde o ano passado. A cooperativa aumentou as exportações, porém, para fugir dos preços baixos praticados no mercado interno.
As vendas externas atendem a Europa e a Ásia, que compram apenas cortes de frango. Para Dilvo Grolli, presidente da Coopavel, a conquista dos mercados europeu e asiático abre portas em todo o mundo. ””””São os mercados mais exigentes””””, avaliou.