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Queda no consumo freia avanço da avicultura

Depois de crescer quase 10% em 2002, o alojamento nacional de pintos de corte deve avançar num ritmo mais tímido este ano.

Redação AI 30/06/2003 – Depois de crescer quase 10% em 2002, o alojamento nacional de pintos de corte deve avançar num ritmo mais tímido este ano. No ano passado, o setor produziu 3,819 bilhões de cabeças, e a produção de carne de frango chegou a 7,5 milhões de toneladas, segundo a Apinco – Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Corte.

Pelo crescimento registrado até maio deste ano sobre igual período de 2002 – 0,95%, para 1,565 bilhão -, a Apinco projeta que o alojamento, em todo 2003, deverá crescer 2%, bem abaixo do visto nos últimos anos.

Segundo o secretário-executivo da Apinco, José Carlos Godoy, o alojamento cresceu em ritmo menor nos cinco primeiros meses do ano porque o setor enfrenta dificuldades no mercado interno, com a queda na renda dos consumidores. Além disso, há restrições no mercado externo, principalmente com as cotas de importação da Rússia. Ele acrescenta que a desvalorização do dólar também torna as exportações menos rentáveis.

Apesar de o alojamento crescer mais lentamente, a produção de carne de frango em maio foi a maior deste ano e a segunda maior já registrada, conforme projeção da Apinco. A produção chegou a 659,9 mil toneladas, alta de 4,83% sobre maio de 2002. Em dezembro de 2002, a produção recorde alcançou 677,7 mil toneladas.

Godoy explica que a oferta cresceu devido à queda nas exportações em maio em relação aos primeiros meses do ano. O frango inteiro destinado à exportação é mais leve, ao contrário da ave para o mercado interno. Como houve menos vendas externas, as aves ficaram mais tempo no campo.