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Milho transgênico: usar ou não usar?

Da carga de 17,8 mil toneladas de milho transgênico argentino que o Estado de Pernambuco recebeu, apenas 1% foi destinado à suinocultura.

Redação SI 16/07/2003 – A carga de 17,8 mil toneladas de milho transgênico, importada da Argentina pela Associação Avícola de Pernambuco (Avipe) no mês de junho, foi também utilizada pelos suinocultores do Estado.

Enfrentando uma forte crise no abastecimento desse insumo, os suinocultores pernambucanos foram obrigados a recorrer ao milho argentino para alimentar seus animais. “Foram poucos os suinocultores que utilizaram o milho transgênico, pois cerca de 99% do total importado foram para abastecer os avicultores de Pernambuco”, informa Lula Malta, vice-presidente da Associação dos Suinocultores de Pernambuco (ASP) e um dos produtores do Estado a utilizar o milho importando da Argentina.

De acordo com Malta, todos os suinocultores pernambucanos são favoráveis à utilização do milho geneticamente modificado na alimentação de seus animais. “Não existe nenhuma pesquisa no mundo que prove algum prejuízo à saúde humana causado pela ingestão de milho transgênico”, argumenta. Atualmente, a suinocultura pernambucana sofre com a forte dependência da safra de milho oriunda do Centro Oeste e Sul do País. “Nós estamos sempre à mercê do milho colhido em Goiás, Mato Grosso e Paraná”, diz Malta. “Se o governo não nos der condições de adquirir o milho dessas regiões não teremos outra saída senão importar novamente o milho argentino”.