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Sanidade

Santos estabelece quarentena para aves em parques devido aos casos de gripe aviária

Protocolos de prevenção são antecipados para garantir a segurança da fauna e flora local.

Santos estabelece quarentena para aves em parques devido aos casos de gripe aviária

Em resposta aos 31 casos de gripe aviária (H5N1) confirmados no Brasil até a terça-feira (13), a Secretaria de Meio Ambiente (Semam) de Santos (SP) decidiu que os parques Aquário, Orquidário e Jardim Botânico Chico Mendes não receberão mais aves encaminhadas pela Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Militar Ambiental por um período de 180 dias. Durante esse tempo, os animais ficarão em quarentena na unidade da Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida) localizada no Bom Retiro.

Essa medida tem como objetivo proteger os animais abrigados nos parques e zoológicos do país, seguindo as deliberações dos governos Federal e Estadual sobre o assunto. A decisão foi tomada durante uma reunião que contou com a presença de biólogos, médicos veterinários da Semam e representantes de secretarias municipais de Segurança Pública, Saúde, Polícia Militar Ambiental e Defesa Agropecuária, órgão vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.

A Semam estabeleceu uma área específica e isolada na unidade da Codevida no Bom Retiro, para receber eventuais chegadas de animais pela Polícia Militar Ambiental. Durante os 180 dias de quarentena, não serão realizados atendimentos no local, concentrando-se os serviços no endereço da Codevida no Jabaquara.

“Apesar de não termos registrado nenhum caso até o momento, estamos antecipando protocolos de prevenção e medidas. Santos possui uma grande área de Mata Atlântica e uma diversificada fauna marinha. Nossos parques também funcionam como hospitais veterinários e não podemos colocar os animais abrigados em risco”, afirma Marcos Libório, secretário municipal de Meio Ambiente. “A ideia é salvar o maior número possível de vidas”.

Caso um animal seja encontrado com sintomas da doença, ele será eutanasiado e amostras serão recolhidas, com a responsabilidade dos procedimentos ficando a cargo da Defesa Agropecuária. O Centro de Controle de Zoonoses e Vetores da Secretaria de Saúde será responsável pelo armazenamento das carcaças até a sua incineração. O veterinário Alexandre Nunes, chefe da seção, tranquiliza a população, afirmando que as medidas estão sendo tomadas como estratégia de precaução, sem a necessidade de alarme público.