Redação SI 13/08/2003 – A Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS) é uma doença presente nos principais mercados produtores de suínos. O Brasil, no entanto, é livre da doença, mas precisa estar alerta e praticar medidas rígidas de biossegurança para não deixar a PRRS contaminar o seu rebanho.
Nesse sentido, o veterinário e professor mexicano Alberto Stephano falou ao Suinocultura Industrial, durante o curso de necropsia suína que ministrou em Jagariúna (SP) na segunda-feira (11), sobre as características e importâncias econômicas da PRRS.
A PRRS não está presente no rebanho suíno brasileiro. Mas no México, esta doença é um fator preocupante?
Alberto Stephano Parece-me que são poucos os países que não têm a PRRS. O único que eu conheço e que não tem é o Brasil. Os outros países produtores de suínos têm ou tiveram registros da PRRS. Esta é uma enfermidade mundial e basicamente causada pelo comércio de animais com os Estados Unidos e Canadá, que possuem seus rebanhos infectados.
Como o Brasil deve se prevenir para evitar a entrada da doença?
AS – Talvez o ponto vulnerável do Brasil seja sobre a questão do diagnóstico, que precisa de mais apoio. As granjas brasileiras não usam serviço de diagnóstico porque não têm muitas enfermidades e as que têm não são tão graves. Penso que seria importante o Brasil investir na biossegurança e ter programas de controle pré-estabelicidos. É muito fácil romper um programa de controle sanitário. Basta apenas um descuido e pronto. Tem-se o problema. É preciso incrementar as medidas preventivas e trabalhar mais com os diagnósticos. Sorologias periódicas, binárias, trimestrais ou semestrais para identificar e manter um controle seguro do rebanho brasileiro.