Em março, após dois meses consecutivos de queda, a atividade das indústrias do agronegócio voltou a crescer no país, segundo o Índice de Produção Agroindustrial PIMAgro, elaborado pelo Centro de Estudos do Agronegócio, da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro).
A expansão, de 1,4%, ocorreu tanto nos segmentos de produtos alimentícios e bebidas quanto no de não alimentícios, que cresceram 1,6% e 1,2% em comparação com fevereiro, respectivamente.
Entre os destaques individuais de março figuraram as indústrias de produtos têxteis e de alimentos de origem vegetal, que cresceram 4,4% e 3,7%, respectivamente. Fumo e insumos agropecuários foram os únicos segmentos que encerraram o mês com retração.
Em grande medida, o aumento da atividade da agroindústria no mês de março foi um dos desdobramentos da melhoria geral da economia brasileira, avaliam os pesquisadores do FGV Agro. Eles ressalvam, por outro lado, que fatores como a elevada taxa de juros e o enfraquecido mercado de trabalho, que segue com altos índices de informalidade, continuam a limitar uma recuperação mais firme dos negócios das indústrias do agronegócio.
O desempenho positivo da agroindústria brasileira em março não impediu a retração do setor no acumulado do primeiro trimestre. A produção física recuou 1,4% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e 2,3% em relação aos três primeiros meses de 2022.