De acordo com levantamento da consultoria Pátria AgroNegócios, os produtores de milho do Brasil colheram apenas 4,33% da área destinada à segunda safra de milho 2022/23 até esta sexta-feira (16), o que representa menos da metade do índice médio para o período. As chuvas recentes no centro-sul do Mato Grosso e sudoeste de Goiás atrasaram os trabalhos de colheita, impedindo a aceleração esperada. Comparado à semana passada, houve um avanço de 2,4 pontos percentuais, porém, o ritmo continua abaixo da média histórica de 9,84% para esta época do ano.
O diretor da Pátria AgroNegócios, Matheus Pereira, destacou que os produtores estão desestimulados pelos preços do cereal, levando alguns a deixar o milho por mais tempo nas lavouras, especialmente aqueles que não precisam vender imediatamente. Além disso, o plantio tardio em comparação ao ano passado contribui para o atraso na colheita, conforme apontado pela consultoria.
Embora o processo de retirada do milho do campo esteja atrasado, a expectativa é de que o Brasil alcance uma safra recorde, com a colheita de inverno ultrapassando 96 milhões de toneladas, segundo a estatal Conab.