A Baixada Santista, no litoral de São Paulo, confirmou dois casos de gripe aviária do subtipo H5N1. De acordo com o Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), a doença foi detectada em aves silvestres encontradas em Santos e Guarujá. Em todo o país, ainda não há registro da influenza aviária em humanos.
A Prefeitura de Guarujá informou que a doença foi confirmada na ave migratória da espécie trinta-réis-real no fim de junho e o animal foi encaminhado para a Base de Biopesca da Praia Grande para coleta de exames.
Após a constatação do primeiro caso na cidade, houve uma ação conjunta de busca ativa e educação em saúde entre a Divisão de Zoonoses e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo em um raio aproximado de 10 quilômetros a partir da localização da ave.
Segundo a prefeitura, os moradores locais foram abordados e instruídos sobre a doença, com informações sobre sinais clínicos em humanos e animais e as formas de prevenção e controle. Ainda de acordo com a administração municipal, não há casos suspeitos na cidade.
Em Santos, a Seção de Vigilância Epidemiológica recebeu notificação do Governo do Estado, também no fim de junho, sobre um caso positivo em uma ave da espécie trinta-réis-de-bando encontrada na praia da Aparecida.
De acordo com a prefeitura, o animal recebeu o primeiro atendimento pelo Instituto Gremar, que é responsável pelas ações na faixa de areia. Já o exame de necrópsia foi conduzido pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo.
Ainda segundo a administração municipal, foi realizado um monitoramento entre quem teve contato com a ave, mas ninguém apresentou sintomas. Apesar disso, foram reforçadas medidas para evitar contato com pessoas vulneráveis por 10 dias e para uso de máscara, bem como etiqueta respiratória e uso de álcool gel. As pessoas que tiveram contato com a ave são de Praia Grande, Diadema, São Paulo e São Vicente. Elas são monitoradas pelas vigilâncias de suas cidades.
A Prefeitura de Santos também enfatizou que, desde 12 de junho, conforme deliberação dos governos estadual e federal, a Secretaria de Meio Ambiente de Santos determinou que os parques Aquário, Orquidário e Jardim Botânico Chico Mendes não recebam aves encaminhadas pela Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Militar Ambiental por um prazo de 180 dias.
Os animais ficam em quarentena na unidade da Coordenadoria de Defesa da Vida Animal (Codevida) do Bom Retiro. Neste período, a unidade não atendeu nenhum caso suspeito ou confirmado de ave com gripe aviária.
A Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento informou que as aves positivadas na Baixada Santista foram eutanasiadas, pois este é o procedimento padrão para colheita de material, que foi enviado para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA). O órgão também ressaltou que segue realizando vigilância ativa em diversos pontos do Estado, inclusive no litoral.
Baixada Santista
As outras sete cidades da Baixada Santista não registraram casos de gripe aviária. De acordo com o balanço do Mapa, há um caso em investigação em Praia Grande. No entanto, a prefeitura informou que trata-se de uma moradora que trabalha em outro município e teve contato com um pássaro que registrou positivo. No entanto, a mulher “já realizou a coleta de exame em Praia Grande (por ser moradora deste município) cujo resultado foi negativo”.
A Prefeitura de Mongaguá informou que em breve divulgará um Plano de Ação sobre o assunto. A Secretaria Municipal de Saúde de Peruíbe instituiu um grupo de monitoramento para realizar orientações, detectar, notificar, investigar e monitorar casos suspeitos e/ou qualquer condição de risco