As principais bolsas de valores da Ásia fecharam nesta segunda-feira (24) em alta puxadas pelos sinais de otimismo vindos dos Estados Unidos. Na sexta-feira (21), o presidente do Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, tranquilizou o mercado ao afirmar que a economia global começa a se recuperar e que a rapidez das ações da autoridade monetária, assim como dos bancos centrais ao redor mundo, impediu que a crise fosse ainda maior.
Para a autoridade, apesar do impacto da crise ter sido severo, o resultado poderia ter sido ainda pior. “Diferentemente do que aconteceu em 1930 (período da grande depressão), quando as medidas tomadas foram, na maior parte, passivas e a cooperação econômica e financeira entre países era mais difícil, no ano passado as políticas fiscais, econômicas e financeiras no mundo foram agressivas e complementares”, afirmou, ressaltando que, sem as ações dos governos, o pânico causado no ano passado teria se intensificado, mais instituições teriam falido e o sistema financeiro global estaria em risco.
Outro dado que impulsionou o mercado asiático foi o das vendas de imóveis usados nos Estados Unidos, que subiram 7,2% em julho em relação a junho, para uma taxa anualizada de 5,24 milhões de unidades, já descontados os fatores sazonais. Na comparação com julho do ano passado, quando as vendas somaram 4,99 milhões de unidades pela taxa anualizada, os negócios com imóveis usados subiram 5%. As vendas de junho somaram 4,89 milhões de unidades.
Na sexta-feira (21/08), as principais bolsas americanas fecharam com valorização superior a 1,6%.
Nesta segunda (24/08), o índice Nikkei 225, o principal da bolsa de valores de Tóquio, encerrou o dia em alta de 3,34%, a 10.581,05 pontos, seguido pelo Kospi, de Seul, que fechou em alta de 1,97%, a 1.612,22 pontos, e o Hang Seng, de Hong Kong, que registrou alta de 1,66%, a 20.535,94 pontos. O Xangai Composto, de Xangai, fechou o dia com valorização de 1,10%, a 2.993,43 pontos.