Goiás anunciou a declaração de estado de emergência zoossanitária como medida preventiva para enfrentar possíveis riscos associados à influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), causada pelo vírus H5N1. O decreto, publicado recentemente no Diário Oficial do Estado pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), terá uma vigência de 180 dias. Importante notar que, até o momento, nenhum caso da doença foi registrado em Goiás.
De acordo com a Secretaria de Agricultura do Estado, o objetivo principal do decreto é permitir que Goiás possa implementar e reforçar medidas de prevenção, monitoramento e combate à doença. José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, enfatizou que, embora tenham sido intensificadas ações preventivas, ainda existe a possibilidade de focos da doença ocorrerem. Ele também citou exemplos de estados litorâneos que já enfrentaram casos da doença em aves silvestres e de subsistência. O decreto concederá agilidade na implementação de medidas emergenciais. A Agrodefesa terá a responsabilidade de estabelecer diretrizes para prevenção e combate à Influenza Aviária em Goiás, e poderá adotar normas adicionais, incluindo um plano de contingência estadual para a doença.
A decisão do estado de Goiás segue a orientação do Ministério da Agricultura, que recomendou que as unidades federativas declarem estado de emergência zoossanitária para que possam acessar recursos federais destinados ao controle e contenção do avanço da gripe aviária. O governo federal já havia declarado emergência zoossanitária em todo o país em 22 de maio, o que levou à alocação de R$ 200 milhões para ações de controle e combate à influenza.
Vários outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná, já acataram a solicitação do Ministério da Agricultura.