“Esperamos que o Brasil continue a ser um fornecedor competitivo para o mercado chinês durante 2017, devido a um aumento previsto na disponibilidade de milho doméstico que deve resultar em menores custos de nutrição”, disseram analistas do Rabobank em relatório nesta semana.
As exportações brasileiras de carne suína para a China somaram 5 mil toneladas em 2015, e excederam 63 mil toneladas entre janeiro e agosto deste ano. Esse aumento colaborou para reduzir a dependência dos exportadores brasileiros da Rússia, que comprou 33% do total de carne suína brasileira vendida para o exterior nos primeiros oito meses deste ano. Em 2015, a participação da Rússia foi de 45%.
A demanda externa pela carne suína do Brasil também deve aumentar em 2017, com a expectativa de abertura do mercado da Coreia do Sul para o produto de Santa Catarina. A Coreia do Sul tem potencial para importar cerca de 35 mil toneladas do produto brasileiro por ano, segundo estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
A aceleração das exportações e uma demanda mais balanceada deverão levar a um aumento nos preços da carne suína no quarto trimestre. Em setembro, os preços ainda estavam 7% abaixo da média de agosto e 8% abaixo do registrado em setembro do ano passado.