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Fiscais agropecuários federais avaliam greve a partir de março

Categoria exige cumprimento de acordo fechado em 2005.

Redação (22/02/06)- Os fiscais federais agropecuários ameaçam entrar em greve a partir de março caso não sejam atendidas as reivindicações acertadas na proposta assinada pelo governo e pelos ficais na última greve do setor, em novembro de 2005.

Segundo o vice-presidente da Associação Nacional de Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA), Wilson dos Roberto dos Santos, o indicativo é iniciar a paralisação no dia 6 de março, mas as negociações estão abertas com o governo.

Estamos preparados para isso, mas esperamos que o governo sinalize do outro lado disse.

Preocupados com o indicativo de greve, representantes de setores privados, como o de avicultura, suinocultura e bovinocultura, se reuniram ontem com membros da entidade para discutir o assunto. Eles estariam dispostos a procurar o governo para tentar evitar a greve, de acordo com o presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne de Frango (ABEF), Ricardo Gonçalves.

Os fiscais poderiam amadurecer um pouco mais [a proposta de greve] para que o setor privado pudesse também conversar com o governo e sensibilizá-lo de que a greve neste momento seria complicada frente a essa situação internacional avaliou.

Os fiscais são responsáveis pela vigilância e liberação dos produtos agropecuários exportados e importados, logo, a greve resulta em prejuízos para os setores produtivos.

De acordo com ele, a paralisação agravaria as dificuldades enfrentadas pelos produtores e exportadores em razão da queda no preço do frango no mercado internacional. A retração ocorre pelo excesso de oferta devido à restrição de consumo nos países onde foram registrados casos de gripe aviária.

Dentre as reivindicações acertadas entre os fiscais e o governo após a greve de 2005 estão a aprovação de um plano de cargos e salários, a realização de concurso público e a equiparação salarial com os auditores da Receita Federal.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou, por meio de sua assessoria, que por enquanto não vai se manifestar a respeito da questão.